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 | 13/10/2009 09h

Lula deve discutir proposta do Brasil em Conferência da ONU sobre mudanças climáticas

Presidente se reúne nesta terça, dia 13, com ministros para definir postura do país em conferência na Europa

Seis dias depois de retornar de visita a Europa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa nesta terça, dia 13 a programar outra viagem ao Velho Continente. Em reunião com ministros, Lula discutirá a posição que o Brasil defenderá na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defenderá o plano ambicioso de redução obrigatória de 80% do desmatamento e de 40% das emissões de dióxido de carbono, em relação a 1990, até 2020. A regra valeria para todos os países, independentemente do grau de desenvolvimento.

– Se fizermos o nosso dever de casa, teremos uma posição forte. O Brasil vai colocar as cartas na mesa – disse o ministro.

Além de Minc, participarão da reunião com Lula os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

Para os cientistas, as nações industrializadas precisam, nos próximos 10 anos, reduzir as suas emissões entre 25% e 40% em relação aos níveis de 1990 com o objetivo de evitar uma elevação de 2º C na temperatura do planeta.

Nessa segunda, dia 12, em seu programa de rádio semanal, Café com o Presidente, Lula voltou a defender a medição de quanto cada país emite de carbono e que os países sejam responsabilizados.

– Porque aí você vai responsabilizar cada país pelo estrago que ele fez e acabar com essa discussão genérica, em que todo mundo quer ser tratado em igualdade de condições. Nós queremos que os outros países assumam a responsabilidade – disse no programa.

Nesta semana, Lula fará uma vistoria nas obras de revitalização do Rio São Francisco, na companhia da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No programa de rádio, o presidente disse que o projeto é fundamental para o país porque permitirá levar água a milhões de pessoas de diversas comunidades.

A revitalização do São Francisco vai custar mais de R$ 6 bilhões. A meta é concluir parte dela já no ano que vem e outra em 2012.

– É uma coisa secular e nós achamos que é importante levar água. E essa água vai perenizar alguns rios existentes e, ao mesmo tempo, manter os açudes num nível que a gente possa fomentar a pequena agricultura, irrigação em muitos Estados – afirmou.

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