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 | 06/10/2009 18h

Disputa atrasa início de debate sobre mudanças no código florestal

Ambientalistas usam brechas previstas no regimento da Câmara para retardar eleição de cargos de direção da comissão criada

Atualizada às 20h33min Daniela Castro | Brasília (DF)

Ambientalistas fazem um contra-ataque na comissão especial criada para analisar Projeto de Lei que cria o novo Código Florestal Brasileiro. Apesar de estarem em minoria, eles estão usando brechas previstas no regimento da Câmara para retardar a eleição dos cargos de direção.

Dos 18 deputados titulares da comissão, apenas sete são ambientalistas. Como ainda não houve a eleição do presidente, coube ao deputado com maior número de mandatos presidir a sessão nesta terça, dia 6. Coincidentemente, é um deputado do Partido Verde (PV), Sarney Filho, que argumentou que o partido questionou no plenário a composição da comissão.

O PV não concorda com a distribuição dos cargos, alega que os ruralistas estão dominando a comissão.

— Eu prefiro dar vazão à questão de ordem suspender essa nossa reunião e marcarmos para a próxima quarta-feira a reunião para então definitivamente — disse Sarney Filho (PV-MA).

A decisão pegou os ruralistas de surpresa.

— A Comissão Especial substitui cinco comissões temáticas. Não é obrigatório que todas as comissões estejam representadas. Isso é uma opção dos líderes dos partidos, se os líderes não indicaram é problema da liderança de cada partido e não da comissão — explicou o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto.

Os representantes do agronegócio querem o peemedebista Moacir Micheletto na presidência e o comunista Aldo Rebelo na relatoria. Os membros da comissão se reúnem nesta quarta para tentar fechar um acordo quanto aos três cargos de vice-presidente.

— Nós temos ali três vice-presidências, a presidência e a relatoria. Há cinco vagas e são cinco partidos. Os outros têm que ficar de fora, nós não temos condições de acomodar todos os partidos — acrescentou o deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS).

— Essa comissão precisa ser dissolvida literalmente. Ela é foi feita para desmoralizar o país lá fora. Entendemos que haverá conflito permanente na comissão — completou o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP).

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