| 09/10/2009 09h44min
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, está nesta semana no Brasil para fechar acordos na área esportiva, mas os exportadores brasileiros de carne suína querem que o governo brasileiro aproveite a oportunidade para pressionar pela abertura daquele mercado.
Desde 2005, com o aparecimento do foco de febre aftosa, o mercado da África do Sul se fechou para as carnes bovinas e suína, e até agora se mantém nessa situação.
– Disseram que estava tudo certo, mas até agora não conseguimos voltar a exportar para a África do Sul – afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs).
De fato, as conversas com o governo sul-africano são antigas. Em julho deste ano, uma missão brasileira foi para a África do Sul acertar os últimos detalhes para a reabertura do mercado.
– Quero ver se volto de lá com boa notícia, com o mercado reaberto – chegou a dizer na época o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz.
Uma semana depois, o secretário retornou ao Brasil sem perspectiva sobre data para a liberação das exportações.
Dois meses depois, em setembro, o próprio ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que as exportações para a África do Sul seriam “uma questão de tempo”.
Na ocasião, o ministro explicou que a missão que visitou a África do Sul em julho considerou os problemas solucionados e que já estaria tudo em ordem para a retomada dos negócios.
– Quando há um anúncio de abertura de mercado, o processo todo pode levar 70, 90, 120 dias, dependendo do país – chegou a dizer o ministro.
Os 120 dias citados pelo ministro ainda não venceram, mas os exportadores cobram uma posição mais dura do governo, diz Camargo Neto.
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