O setor de alimentos lidera o movimento de fusões e aquisições no Brasil em 2009. É o que diz um levantamento feito pela consultoria PricewaterhouseCoopers divulgado nessa terça, dia 15. Os dados não incluem a compra da Seara pelo Marfrig e a fusão do JBS Friboi com o Bertin.

O levantamento apontou que as companhias brasileiras seguem na liderança dos processos de fusões e aquisições, sendo que 60% foram feitas por empresas nacionais e 40% por companhias estrangeiras. Segundo dados da consultoria, nos primeiros oito meses do ano, foram registradas 378 transações no Brasil.

O número de negócios realizados é 18% menor do que o registrado no mesmo período de 2008. Essa diferença vem caindo mês a mês. Ao final dos seis primeiros meses era de 26% e, dos sete primeiros meses era de 21%. A expectativa dos analistas da PricewaterhouseCoopers é que o ano se encerre no mesmo patamar de 2008. Em agosto, foram feitas 55 transações, uma a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Além das negociações entre frigoríficos e empresas processadoras de alimentos, como a Sadia e Perdigão, um segmento do agronegócio que se destaca é o sucroalcooleiro. De acordo com levantamento da consultoria, as fusões e aquisições no subsetor de açúcar e álcool representa cerca de 23% das transações na indústria de alimentos e agronegócio em 2009.

Com a perspectiva de crescimento no médio e longo prazos, as usinas realizaram investimentos em expansão. Segundo os analistas, a consolidação do setor é necessária para que as usinas se protejam das variações expressivas no preço do álcool e também em relação a falta de crédito.