Do dendê é extraído o segundo óleo vegetal mais produzido no mundo, ficando atrás apenas do óleo de soja. Rico em vitaminas, tem diferentes usos que vão da alimentação, indústria de cosméticos e até serve de biodiesel. A produção no Brasil, no entanto, é tímida, com 70 mil hectares, principalmente, no Pará, o país ocupa a décima sexta posição no ranking de produtores. O governo quer mudar essa situação, despertando o interesse da iniciativa privada para aumentar a produção de dendê no país. A meta é implantar um milhão de hectares de dendê para atender o mercado de óleos.  Segundo os pesquisadores o país levará de 10 a 12 anos para alcançar esse objetivo.

O dendê é originário da África, mas desde a década de 70, a Embrapa desenvolve variedades mais produtivas e adaptadas ao clima brasileiro. As pesquisas são fundamentais para o aumento da produção no país.

— O dendê no mundo, ele é destinado para fins alimentares, se o Brasil está ensaiando ou projetando expandir seus cultivos, o primeiro foco é de atender também essa agenda para fins alimentares. Agora, o Brasil tem um programa de busca de alternativas de matérias-primas de alto rendimento para mais óleos e os resíduos, os produtos da agroenergia consequentemente o dendê tem uma grande chance de atender essa agenda para consolidar o programa de óleos no Brasil — disse o diretor da Embrapa Agroenergia, Frederico Dorães.

A Palmeira tem excelente adaptação na região norte do país e é bastante produtiva. Em um hectare comercial é possível extrair até cinco toneladas de óleo por ano.