| 28/07/2009 13h48min
A criação da primeira faculdade de medicina veterinária no Brasil, o surgimento das escolas rurais e do Departamento Nacional de Pesquisa foram inovações importantes para a agricultura. A afirmação é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que participou da abertura das comemorações dos 149 anos da instituição, nesta terça, dia 28, em Brasília.
O ministro ressaltou que o ministério tem avançado na área de política agrícola, mas é preciso investir em infraestrutura e logística, estabelecer um Plano Estratégico, um marco regulatório para a exploração de jazidas minerais para adubos e desenvolver nova política de crédito, preço e de seguro rural.
– O Ministério não perdeu sua origem, ao apoiar o agricultor em tudo o que precisa para produzir, ou seja, é uma organização que alcançou os resultados que se esperava – enfatizou.
Stephanes comentou, ainda, sobre a produção de biodiesel, que hoje é feita, em grande parte, a partir do óleo de soja e do óleo de dendê.
– A Embrapa Agroenergia está desenvolvendo o pinhão-manso como uma alternativa de grandes perspectivas. Além disso, o governo deve aprovar, nos próximos meses, um programa para aumentar a produção do óleo de dendê, como matéria-prima básica para a produção de biodiesel – destacou.
Durante as comemorações dos 149 anos do ministério, Stephanes lançou o Prêmio Mapa de Jornalismo, o livro Produção Integrada no Brasil: Agropecuária Sustentável, Alimentos Seguros e a nova versão do Plano Estratégico do Mapa.
– É o resultado de trabalho de 10 anos que o Ministério da Agricultura coordena. Ele começou inicialmente com frutas, programa de produção integrada de frutas e, hoje, nós já temos cerca de 14 espécies de frutas que têm a norma técnica específica para que o produtor possa seguir e ter um alimento seguro para q ele possa vender no mercado nacional e internacional – afirmou o coordenador de Produção Integrada do Ministério da Agricultura, Luiz Nasser, também presente no evento.
Os servidores presentes conferiram, também, a exposição Conhecer para se Orgulhar, que apresenta datas e fatos marcantes do período 2008/2009, como o centenário do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Biblioteca Nacional de Agricultura (Binagri) e os quatro anos da ouvidoria do ministério.
Nesta terça, também é comemorado o Dia do Agricultor. O agronegócio, responsável por 37 milhões de empregos e pela base econômica de mais de quatro mil municípios, representou 26,4% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2008, o que correspondeu a US$ 405,2 bilhões. Segundo o ministro Reinhold Stephanes, os produtos agropecuários brasileiros já estão em mais de 180 países e são reconhecidos por sua qualidade.
– Além disso, os produtores também se preocupam com as questões sociais e ambientais, incorporando práticas sustentáveis e uso mais racional dos recursos naturais – enfatizou.
Leia a mensagem do ministro:
Amigos agricultores,
Neste 28 de julho, comemoramos a criação do Ministério da Agricultura e o dia do agricultor. É inegável que o Brasil possui, hoje, uma das agriculturas mais eficientes do mundo. O investimento em pesquisa e tecnologia elevou a produtividade agrícola e tornou o País um dos maiores produtores de alimentos. Os produtos agropecuários brasileiros estão em mais de 180 países e são reconhecidos por sua qualidade. Além disso, os agricultores também se preocupam com questões sociais e ambientais, incorporando práticas sustentáveis e uso mais racional dos recursos naturais. O próprio consumidor brasileiro se tornou mais exigente, o que aumenta a demanda por produtos com rastreabilidade e certificação. E isso reforça a atuação firme do Ministério da Agricultura.
Para chegarmos até aqui, várias gerações de imigrantes e de brasileiros fizeram sua parte. Posso dizer até que a vocação agrícola já está em nosso DNA. A persistência e a capacidade de organização dos produtores brasileiros explicam, com certeza, a importância econômica da atividade agrícola, que começa com os insumos usados para o plantio e termina com seus produtos industrializados nos mercados.
Toda essa cadeia produtiva é responsável pelo superávit da balança comercial e por 37 milhões de empregos. Os consumidores, que vivem o dia a dia dos grandes centros urbanos, talvez ignorem a relação de dependência do que é produzido na área rural. Mas, o fato é que a agricultura responde pela base econômica de mais de 4 mil municípios. Daí porque, quando a agricultura vai bem, há mais desenvolvimento em todo País: no campo e nas cidades. O Brasil deve se orgulhar de seus agricultores. A todos vocês, meu respeito e agradecimento.
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