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 | 28/08/2009 15h38min

Dívida do suinocultor gaúcho junto a bancos supera R$ 100 milhões

Setor é um dos que mais sofreu prejuízos com a crise econômica mundial

O setor da suinocultura é um dos que mais sofreu prejuízos com a crise econômica mundial. Isto sem falar na relação equivocada feita entre o consumo de carne suína com a nova gripe A (H1N1).

Em função disso, a Associação de Criadores de Suínos do RS (ACSURS) está organizando diversas mobilizações junto a entidades ligadas a produtores rurais, municípios, parlamentares estaduais e federais e instituições financeiras, a fim de reverter a situação pela qual passa o setor atualmente, que inclusive já registrou queda nas exportações.

Nos últimos meses, o setor voltou a ter algum equilíbrio mantendo exportação regular, porém a queda no preço dos suínos, atualmente cerca de R$ 1,70 o quilo, permaneceu afetando diretamente o produtor que não teve recuperação, estabilidade e capital de giro.

Visando este impasse vivido pelo setor, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, e o deputado estadual Jerônimo Goergen, solicitaram nesta quinta, dia 27, em reunião com o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, estudo para a redução da pauta do ICMS para saída de suínos vivos do Estado.

Além disso, na última quarta, dia 26, Folador esteve em Brasília, no Ministério da Agricultura, expondo as dificuldades enfrentadas, tais como repactuação de dívidas e acesso a créditos. Porém, não houve sinal positivo do governo Federal.

O presidente da associação solicitou que o Banco do Brasil avaliasse medidas para amenizar o impacto do pagamento imediato de dívidas prestes a vencer. O débito do setor junto aos bancos no RS chega a R$ 100 milhões.

— O setor precisa de suporte para ter capital de giro e renegociação de dívidas. Também acreditamos que é necessário rever uma contradição no aporte de créditos, já que para investimentos em novas estruturas físicas e materiais, há dinheiro. No entanto, o mesmo não acontece para quem já está estruturado e enfrenta problemas para custear a produção. A redução da pauta do ICMS para a saída de suínos vivos do Estado seria uma medida eficiente para agregar mais preço ao produto, mas esta pauta precisa ter redução expressiva para se ter competitividade — diz Folador.

Hoje a pauta de ICMS para venda de suínos vivos para fora do RS está em torno de R$1,95, enquanto Estados como Santa Catarina já reduziram a mesma pauta para cerca de R$ 1,50.

O coordenador da Frente Parlamentar Integrada do Agronegócio da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul (Frenteagro-RS), deputado Jerônimo
Goergen, manifesta suporte ao pleito e vê a necessidade de soluções imediatas para o setor.

— O produtor de suínos já vem sofrendo muito desde a explosão da crise mundial, afetado pela queda nas exportações. Ainda assim, o setor soube manter a qualidade e produtividade, mas mesmo assim, vê queda na renda. A redução da pauta do ICMS para o setor é importante para estimular o crescimento neste momento delicado. Atuarei também junto aos órgãos federais para que os suinocultores sejam atendidos na questão de refinanciamentos e acesso a créditos — finaliza Jerônimo.

AGÊNCIA SAFRAS
 
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