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 | 21/08/2009 16h05min

Ministro reafirma busca de soluções para tirar suinocultura da UTI

Dívidas dos suinocultores no país giram em torno de R$ 600 milhões

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reafirmou nesta sexta, dia 21, em coletiva à imprensa, em Cuiabá (MT), que cumprirá o que prometeu aos representantes dos suinocultores dos três Estados do Sul (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná), com quem esteve reunido essa semana.

O setor diz que a suinocultura está na UTI e aguarda retorno para uma série de reivindicações levadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

- Não prometi retirar o setor da UTI, mas sim encaminhar e tentar soluções. Neste momento, o setor em maiores dificuldades na agropecuária brasileira é a suinocultura, e uma das razões é o excesso de produção. Quando isso ocorre e não se visualiza possibilidades de mercado em curto prazo, para aumentar a demanda, as soluções se tornam difíceis – reconheceu o ministro.

Ele salienta que a carne suína é uma mercadoria de difícil armazenagem, uma vez que seu custo é elevado e que, portanto, exigirá a combinação de uma série de medidas.

- Temos que analisar o pedido de prorrogar dívidas, de financiamento. Não podemos, por exemplo, financiar o setor de forma a aumentar a produção, nem garantir sustentação de preços de forma que também aumente a produção. Portanto, este é um dos setores de complexa solução, e eu até já disse isso aos produtores – explica Stephanes.

O ministro frisou que no caso da prorrogação de dívidas, por exemplo, a solução é relativamente simples, mas que as outras medidas não são fáceis e têm que ser bem avaliadas em função de suas consequências.

Quanto ao pedido dos produtores de inclusão da suinocultura no Programa de Garantia de Preços Mínimos do Governo Federal, Stephanes foi taxativo:

– Se o setor for incluído nessa política de preços, temos que comprar os estoques. Como é que vamos estocar a um custo extremamente elevado? – questionou.

Cálculos da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) indicam que as dívidas dos suinocultores giram em torno de R$ 600 milhões, dos quais R$ 160 milhões só em Santa Catarina.

Além disso, o setor pede prorrogação imediata do pagamento das dívidas
de custeio e investimento vencidas e a vencer, e alteração da linha de crédito de retenção de matrizes suínas no valor de R$ 500 por matriz, até o limite de R$ 500 mil por suinocultor. No caso das dívidas, a proposta levada ao Mapa é de que os volumes contratados para custeio pelo MCR e outras linhas de crédito, vencidos ou a vencer em 2009, sejam divididos em cinco parcelas anuais com 12 meses de carência.

AGÊNCIA SAFRAS
 
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