A prioridade número um do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é ampliar as garantias de inocuidade dos produtos de origem animal e vegetal, produzidos e consumidos no mercado interno. A declaração é do Coordenador do programa, Leandro Diamantino Feijó, durante palestra para fiscais da SFA/MS. Essas mesmas garantias já são oferecidas pelo Brasil aos países importadores, afirmou o coordenador do PNCRC. No início de 2008, o Mapa divulgou o resultado das análises das amostras de mamão e maçã exportados, onde 90% apresentaram conformidade quanto ao Limite Máximo de Resíduos (LMR).

No Mato Grosso do Sul, 25 estabelecimentos frigoríficos, habilitados para exportação, fazem parte do PNCRC. São 19 frigoríficos de bovinos, 02 de suínos, 03 de aves e 01 de pescado. O desafio agora é incluir no programa os estabelecimentos de abates de Avestruz e ovinos.

Leandro Feijó, juntamente com o Superintendente Orlando Baez e os FFAs Renato Brum e José Carlos Tedesco, do Serviço de Inspeção Agropecuária da SFA/MS cumpriram nessa semana um extenso roteiro de visitas aos frigoríficos do Estado, enfatizando os parâmetros para colheita e envio de amostras para análise dentro do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes.

O trabalho realizado nas indústrias sul-matogrossenses é reconhecido pela União Européia e por países como Estados Unidos, China e Rússia, que realizam auditorias anuais das ações do plano. Um dos objetivos das missões veterinárias desses países é justamente avaliar a eficácia do Plano no monitoramento de resíduos dos produtos exportados para esses mercados.

Além do mamão e da maçã, que foram os primeiros produtos de exportação monitorados pelo programa na área vegetal, o Plano Safra 2009/2010 prevê o monitoramento e o Controle de Resíduos de agrotóxicos e contaminantes na produção de melão, morango, uva, abacaxi, alface, banana, limão, manga, tomate, arroz, feijão, milho, castanha do Brasil, amendoim e batata. Para analisar amostras de todos esses produtos, o Mapa assinou contrato com dois laboratórios vencedores da licitação, que realizarão as análises das amostras de produtos de origem vegetal.

– A expectativa é que o escopo do plano seja ampliado e atenda um número cada vez maior de produtos até o início de 2010, quando entra em vigor também a legislação que possibilitará fiscalizar e monitorar os produtos orgânicos – finalizou Feijó.