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 | 31/07/2009 19h02min

Embrapa estimula uso da tecnologia de inseminação artificial

Embora vendas de sêmen tenham passado de oito milhões de doses em 2008, tecnologia é ainda pouco utilizada pelos pequenos criadores

Luciane Kohlmann | Gama (DF)

Apenas 6% dos pecuaristas brasileiros utilizam a inseminação artificial. Embora as vendas de sêmen tenham passado de oito milhões de doses em 2008, a tecnologia é ainda pouco utilizada pelos pequenos criadores. Para reverter isso, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) estão divulgando as vantagens do investimento.

Um dos desafios da Embrapa é expandir a inseminação artificial entre os pequenos produtores. Segundo o coordenador do Centro de Transferência de Tecnologia voltada a zebuínos leiteiros, a técnica é simples e viável.

— O custo inicial para implantar uma estrutura básica de inseminação artificial pode ficar entre R$ 6 mil e R$ 7 mil. Mas mesmo assim os pesquisadores afirmam que a prática é mais rentável e mais econômica do que manter um touro na propriedade.

Os primeiros gastos são com equipamentos indispensáveis como o cilindro de nitrogênio, o tronco, que pode ser bem simples, os materiais veterinários e as doses de sêmen.

— O custo inicial é um pouco mais alto, mas ele vai se diluindo ao longo do tempo com o ganho que tem, com os nascimentos direcionados de bezerros, com a venda de bezerros provados, animais que ele pode vender na propriedade, e o produto final, que é o leite ou a carne — diz o pesquisador da Embrapa Cerrados, Carlos Frederico Martins.

O pesquisador explica ainda que o procedimento é menos complicado do que se imagina. O primeiro passo é ter atenção ao manipular o aplicador com o sêmen. No momento de introduzir o material na vaca, ele recomenda cuidado na hora de identificar o local correto da aplicação.

— Inicialmente, nós introduzimos a mão do reto do animal, fixamos essa região, o colo uterino ou cervix. Esse aplicador entra via vagina, alcança a abertura do colo do útero e, segurando o cervix, nós ultrapassamos essa região mais rígida e fazemos com que esse aplicador chegue no corpo do útero — explica Martins.

O pecuarista leiteiro Oscar Andrade começou a utilizar a inseminação artificial no início do ano. O produtor ainda não sabe se o resultado vai compensar o investimento, mas comemora a tranquilidade de não precisar mais do touro na propriedade e espera que a tecnologia represente melhora na qualidade genética do rebanho.

— Ter um touro é mais complicado de lidar. Há sempre alguma dificuldade e transtornos. Você identifica o cio e insemina. É mais tranqüilo, além de que, em um bujão, eu posso ter uns 20 tipos de bois — defende Andrade.

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