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 | 31/07/2009 10h20min

Lideranças do agronegócio queixam-se de burocracia para acesso a crédito

Estimativa é de que setor custe ainda para se recuperar da crise

Apesar da confiança do governo na retomada da economia nacional, no agronegócio a recuperação ainda deve demorar. É o que afirmam algumas lideranças do setor. O assunto foi discutido durante um evento promovido pela empresa de logística Golden Cargo, nesta quinta, dia 30, em São Paulo.

Os empresários afirmam que apesar da liberação dos R$ 107 bilhões do governo para os produtores com o Plano Safra, a burocracia prejudica a comercialização de alguns setores que ainda sofrem os efeitos da crise global, principalmente o sucroalcooleiro e os frigoríficos. No mercado de defensivos agrícolas, por exemplo, as vendas este ano caíram de 20% a 25%, se comparado com o mesmo período do ano passado.

O setor espera uma tímida retomada para o segundo semestre em função do aumento da área de soja cultivada no país, mas que não deve ser suficiente para animar o mercado.

– A gente tem expectativa que para o segundo semestre que isso possa ser menor, mas ainda sim nós devemos terminar o ano em níveis inferiores ao do ano passado – afirmou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (sindag), Laércio Valentim Giampani, que completou:

– Apesar de o governo estar aumentando essas linhas de crédito, ainda sim haverá uma necessidade dos produtores trabalharem com capital próprio, frente à limitação que nós temos da disponibilidade de crédito.

Com a queda nas vendas e os efeitos da crise financeira, as empresas fornecedoras de insumos têm dificuldade em oferecer crédito. Gilson Pinesso, um grande produtor de algodão de Mato Grosso, afirma que a saída encontrada por muitos é a negociação direta com os bancos para investir.

 

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