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 | 29/07/2009 10h47min

Exportadores de soja contestam perspectivas de redução dos embarques

Lideranças do setor apostam no crescimento da demanda chinesa

Lideranças do setor exportador de soja não acreditam em redução significativa dos embarques do produto. Alguns analistas alertaram esta semana que a China importou muito nos últimos dois meses e que por isso pode reduzir as compras a partir de agosto. Mas na opinião de entidades como a Associação da Indústria de Óleos (Abiove) e a Associação dos Exportadores de Cereais (Anec), a demanda chinesa deve continuar aquecida.
 
O aumento dos níveis de estoque chineses, combinado com a escassez de soja na Argentina, permitiu que os embarques brasileiros do grão fossem maiores nos primeiros meses deste ano. Agora, os grandes compradores internacionais, incluindo a Europa, trabalham com a perspectiva de um volume grande na safra norte-americana, o que pode levar a uma diminuição das exportações brasileiras nos próximos meses, na opinião de alguns analistas.

Mas para o diretor da Agroconsult, André Pessoa, apesar deste cenário, a demanda chinesa continua crescendo e o país asiático mantém a intenção de elevar os estoques. Ele afirma que por este motivo, a importação da soja brasileira, não deve atingir os mesmo patamares do início do ano, mas também não deve afetar de forma significativa as vendas para o mercado externo.
 
Durante um evento nessa terça, dia 28, em Brasília, o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli, minimizou as previsões de que os embarques podem cair a partir de agosto. Caso isso ocorra, Lovatelli lembra que o volume de exportações no primeiro semestre já beneficiou o setor.
 
Já o presidente da Anec, Sérigio Mendes, confirmou a expectativa mais pessimista para os próximos meses.
 

 

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