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 | 15/07/2009 11h40min

Entidades incentivam a permanência da juventude no campo

Jovens participam de cursos e programas de instituições para aperfeiçoar conhecimentos

Nestor Tipa Júnior l Porto Alegre (RS)

Nesta quarta, dia 15, é comemorado o Dia da Juventude Rural. Cada vez mais organizações e instituições têm trabalhado em programas para manter os jovens no campo. Um exemplo é a Emater do Rio Grande do Sul, que está realizando a frente programática Rio Grande Jovem.

O objetivo é estimular os jovens a trabalhar e progredir em suas atividades sem deixar o meio rural. A diretora técnica da entidade, Águeda Mezomo, afirma que a abordagem principal é a sucessão familiar.

– Hoje é imprescindível termos a continuidade dos jovens exercendo as atividades junto à família, junto ao setor primário – ressalta.

Um exemplo vem da família Jaeger, do município de Campo Bom. Os irmãos Angélica, de 27 anos, e Cristiano, de 20, estão assumindo os negócios da família. Eles produzem hortaliças e hoje contam com uma tecnologia avançada, mas os irmãos pretendem investir ainda mais para melhorar a qualidade das mudas. Os dois já estão envolvidos em todas as fases do processo, desde a produção até o atendimento ao cliente.
 
– A empresa já tem mais ou menos 13 anos. Agora nós estamos assumindo a empresa sem os pais. Eles estão nos ajudando para que tenhamos uma base para tocarmos sozinhos – explica Angélica.
 
Para ela, a atualização e o aperfeiçoamento é importante para cada vez mais prosperar nos negócios da família.
 
– Temos que nos atualizar, pois cada ano que passa existem tecnologias e aperfeiçoamentos. Estamos em busca disso.
 
A visão é compartilhada por Karin Ventura da Silva, de 27 anos. Ela e o marido Sandro, de 34, estão investindo na produção de derivados de leite na localidade Arroio Kampf, no município de Igrejinha. O casal fez cursos de qualificação e acessaram financiamentos para melhorar a produção.
 
– Temos cursos de manejo de gado leiteiro e também de processamento. Fora isso participamos de palestras, cursos e pesquisas – conta Karin.
 
Ela acredita que a permanência no campo é importante, já que não haveria garantia de empregos no meio urbano.
 
– Hoje existem poucos empregos na cidade, e aqui temos dois empregos na propriedade. Acho que esta é a principal questão.
 
Águeda acredita que um dos pontos mais importantes é garantir a geração de renda aos jovens, para que sirva de incentivo para evitar o êxodo rural.
 
– São alternativas que tem se mostrado bastante viáveis e que os jovens têm demonstrado bastante interesse. Procuramos difundir essas tecnologias e trabalhar nesses eixos focados na sucessão familiar, mas também no que se refere na manutenção do jovem no campo com qualidade de vida e a geração de renda – salienta a diretora técnica da Emater.

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