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 | 07/04/2003 12h01min

Médicos consideram pequena a possibilidade de italiano estar infectado pela Sars

De acordo com os médicos que assistem o mecânico de aviões italiano Georgio Piccioni, internado desde a noite desse domingo no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, a possibilidade de o estrangeiro estar desenvolvendo um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) é muito pequena. A equipe da unidade de saúde confirmou, porém, que o paciente sofre de um tipo de pneumonia. Material para exames já foram coletados e enviados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em até 48 horas, a hipótese de a infecção ter sido transmitida por algum tipo de vírus será ou não descartada.

Georgio Piccioni foi isolado depois de chegar ao Rio de Janeiro de um vôo de Paris. O italiano apresentou febre alta, falta de ar e tosse seca durante a viagem. Depois de a tripulação ter alertado as autoridades sanitárias no aeroporto, o passageiro foi levado para a área de isolamento do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, unidade de referência para o tratamento da doença naquele Estado.

A Vigilância Sanitária montou um grande aparato para receber o avião. Às 20h25min desse domingo a aeronave foi levada para uma área remota da pista do aeroporto, local onde, durante cerca de uma hora, médicos examinaram os 240 passageiros a bordo para se certificarem de que nenhum outro apresentava os sintomas da doença. Todos preencheram uma ficha com dados pessoais e foram orientados a ficar em casa nas próximas 24 horas e a relatarem imediatamente o surgimento de algum sintoma da síndrome.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um doente só pode ser tratado como caso suspeito da síndrome se, além de apresentar os sintomas relatados pelo italiano, for procedente de áreas consideradas afetadas (China, Vietnã, Canadá e Cingapura — países que registraram transmissão local da doença, não apenas casos importados).

Os últimos dados da OMS revelam que, em 18 países, a doença já teria atingido 2.353 pessoas e matado 84. No Brasil, até agora, apenas a jornalista britânica Sally Blowers estava sendo tratada como um provável caso da síndrome. Sally está internada na área de isolamento do Hospital Albert Einstein, na capital paulista, e, segundo os médicos que a atendem, tudo indica que se trata mesmo de uma vítima da Sars. Exames feitos na jornalista só ficarão prontos em três semanas.

Com informações da Globo News.

 
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