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EUA e Iraque travam disputa verbal pelo controle de Bagdá

Norte-americanos afirmam controlar a capital iraquiana. Governo de Saddam nega

Enquanto de um lado, os oficiais norte-americanos afirmam ter avançado neste sábado, dia 5, para o coração de Bagdá, de outro, o governo iraquiano garante manter o centro da capital sob controle. Nessa guerra paralela de palavras, o capitão das forças dos Estados Unidos, Frank Thorp, no Comando Central no Catar, foi quem deu início aos "combates":

- Nós temos sim tropas na cidade de Bagdá. Elas estão no meio da cidade de Bagdá. Nós vamos continuar avançando - garantiu.

Não foi divulgado o número de soldados norte-americanos situados em Bagdá. Outro general dos EUA, Victor Renuart, disse que as tropas do país continuarão ingressando na capital do Iraque como e quando quiserem, o que, segundo ele, não representa o final da guerra. Renuart informou que as tropas entraram na cidade e seguiram para noroeste, acompanhando o curso do Rio Tigre. O Comando Central dos EUA garante que mais de 20 tanques avançaram pela principal rodovia da capital em direção à área metropolitana de Bagdá e depois se juntaram às tropas norte-americanas que estão no aeroporto da cidade, a cerca de 16 quilômetros a sudoeste do Centro.

Na contramão do que dizem os EUA, o ministro da Informação do Iraque, Mohammed Saeef al-Sahaf, negou o novo avanço das tropas aliadas e disse que o centro de Bagdá está sob firme controle das forças iraquianas,

– Vocês podem ir e visitar esses lugares – convidou. - Não há nada lá. Há postos de controle iraquianos e tudo está ok – assegurou.

Na mesma linha do iraquiano, um correspondente da agência de notícias Reuters disse não ter visto qualquer soldado dos EUA nos distritos sul e central de Bagdá neste sábado.

– Eu fui aos arredores sul, sudeste e sudoeste e aos palácios presidenciais e aos principais prédios de segurança. Eu não vi qualquer soldado americano – reportou o jornalista Khaled Yacoub Oweis.

O repórter revelou ainda ter visto soldados e paramilitares iraquianos nas ruas se preparando para um confronto na capital e para uma invasão dos soldados dos EUA a partir do sul da cidade.

Com informações da Globo News.

 
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