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 | 24/06/2009 19h35min

Minc comemora novos dados que mostram queda do desmatamento

Ministro creditou a redução a ações governamentais e a acordos firmados com setores produtivos

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou o resultado da medição do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado nesta quarta, dia 24, que apontou o desmatamento de 123 quilômetros quadrados de floresta em maio. Em relação a maio de 2008, quando o monitoramento registrou 1.096 quilômetros quadrados de desmate, houve queda de 88%.

O ministro creditou a redução a ações governamentais de combate ao desmatamento e a acordos firmados com setores produtivos, como as cadeias da soja e da madeira.

–A razão da queda do desmatamento é a ação articulada dos ministérios do Meio Ambiente e da Justiça, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e da Polícia Federal com a Força Nacional, a ações permanentes. Os números são bons porque terão sustentabilidade – avaliou.

De acordo com o diretor de proteção ambiental do Ibama, Luciano Menezes, de janeiro a junho deste ano, o órgão executou 109 das 300 operações de fiscalização e repressão a crimes ambientais.

– Estamos atacando organizadamente – afirmou.

Até junho, o Ibama aplicou 1,1 mil autos de infração, num total de R$ 806 milhões em multas. No entanto, o ministro admitiu que apenas cerca de 10% desses valores são efetivamente pagos.

– Até o fim do ano espero que possamos chegar a 20% ou 25% de multas pagas – disse.

Segundo Minc, as ações e as operações em andamento na Amazônia deverão ser reforçadas nos próximos meses, quando o desmatamento tradicionalmente é maior por causa do período seco na Amazônia.

– A guerra é agora, nos próximos meses, quando tem menos chuva e o pessoal desmata mais.

O ministro defendeu a articulação entre medidas de repressão e criação de alternativas econômicas para as populações que se sustentavam pelo desmatamento ilegal.

Durante a entrevista, Minc disse que a ida à Câmara nesta terça para dar explicações por ter chamado os grandes produtores rurais de vigaristas, “não tirou seu humor”, apesar de ter durado cinco horas.

O ministro disse que vai à Groenlândia para uma reunião com 25 ministros do Meio Ambiente para discutir mudanças climáticas, período no qual "esquecerá" da bancada ruralista com quem vem trocando farpas.

– Vou esquecer os ruralistas por algum tempo, abraçado aos ursos polares da Groenlândia – brincou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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