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 | 24/06/2009 16h07min

Inpe indica que em maio Amazônia teve 123 quilômetros quadrados desmatados

Do total detectado, 61 quilômetros quadrados estão no Mato Grosso

Atualizada às 20h02min

O sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), alerta baseado em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), detectou 123 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal por corte raso ou degradação progressiva no último mês de maio. Neste período, 62% da região permaneceu coberta pelas nuvens, que prejudicam a observação através das imagens de satélite.

Houve uma queda de 88%, em comparação com maio de 2008, quando a devastação alcançou 1.096 quilômetros quadrados.

A área observada livre de cobertura de nuvens no mês de maio correspondeu a 38% da Amazônia Legal. Do total detectado pelo Deter, 61 quilômetros quadrados estão no Mato Grosso, que em maio foi o Estado que apresentou melhor oportunidade de observação. Estados como o Amapá, Pará, Amazonas e Acre não puderam ser monitorados adequadamente, pois tiveram um alto índice de cobertura de nuvens no período.

De acordo com relatórios, os outros Estados que contribuíram para o desmatamento da região foram Tocantins (4,82 quilômetros quadrados), Pará (10,58 quilômetros quadrados), Rondônia (11,78 quilômetros quadrados), Maranhão (17,63 quilômetros quadrados) e Roraima (17,72 quilômetros quadrados).

Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e também da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia. A informação sobre áreas serve para indicar prioridades aos órgãos responsáveis pela fiscalização.

De agora até o mês de agosto as chuvas reduzem na região amazônica, historicamente, o período é marcado pelo aumento no ritmo do desmatamento. Por isso, o Ibama promete reforçar a fiscalização. Das 300 operações previstas para este ano até agora foram realizadas 103.

A qualificação amostral dos dados do Deter mostra que 96,4% dos alertas de maio foram confirmados como desmatamento. Deste total, 69,3% foram classificados como corte raso e 27,1%, como floresta degradada. Assim, apenas 3,6% dos alertas avaliados não apresentaram indícios de desmatamento.

O relatório de avaliação também indica que, em maio, 82% dos alertas tinham área maior que um quilômetro quadrado (100 hectares). As maiores áreas detectadas corresponderam aos desmatamentos por corte raso (500 a 1000 hectares).

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