| 25/05/2009 12h12min
Os pecuaristas brasileiros devem utilizar mais o mercado futuro de boi gordo, defendem analistas de mercado. Segundo eles, os contratos futuros e de opções são alternativas eficazes para proteger o produtor contra oscilações de preços. De acordo com a Spinelli Corretora, hoje a diferença entre o preço futuro e o mercado físico chega a R$ 8 por arroba.
De acordo com analistas de mercado, os efeitos da crise mundial prejudicam as negociações entre produtores e frigoríficos. A indústria registrou aumento nos estoques e passou a comprar apenas o necessário.
Segundo a Spinelli, enquanto isso os frigoríficos ficam na expectativa de aumento na oferta e redução nos preços. Já os produtores, estariam segurando os animais no pasto com o objetivo de aumentar o preço da arroba. Além da falta de compradores, os pecuaristas sofrem com o não pagamento de débitos atrasados por parte de algumas empresas.
Para os especialistas, atuar no mercado futuro é uma forma de reduzir os riscos na pecuária e melhorar o planejamento da atividade. Isso porque o produtor consegue fixar um preço futuro, que garanta a margem de lucro necessária, e assim, fica protegido contra fortes oscilações nos preços.
A consultoria dá um exemplo: enquanto é possível negociar R$ 90 por arroba no mercado futuro, o produtor vem recebendo R$ 82 no mercado físico.
Na semana passada, o mercado ensaiou uma recuperação, mas fechou a sexta-feira com queda. O valor à vista do indicador do boi gordo Esalq/BM&F ficou em R$ 80,94 por arroba, uma desvalorização de 0,06%. A prazo, a cotação apresentou a mesma queda, encerrando o dia em R$ 81,71 por arroba.
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