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 | 22/05/2009 16h54min

Presidentes da Sadia e da Perdigão se reúnem com Cade

Objetivo foi fazer uma apresentação informal da fusão das duas empresas, que juntas formarão a Brasil Foods

Atualizada às 20h40min Luciane Kohlmann | Brasília (DF)

Durante uma hora nesta sexta, dia 22, os presidentes da Sadia e da Perdigão tiveram um encontro, a portas fechadas, com os conselheiros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os empresários fizeram uma apresentação informal sobre os motivos da fusão, além da importância da companhia na conquista de novos mercados.

Entretanto, a documentação técnica ainda não foi entregue ao Cade. O prazo vence no início de junho. Na saída da reunião, os dirigentes não quiseram dar mais detalhes. Segundo o presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, este foi o primeiro contato com o Conselho.

— Nós estamos preparando a documentação e, no prazo certo, vamos entregar — afirmou Furlan.

O presidente do Cade, Arthur Badin, disse que só poderá falar melhor sobre o caso quando receber a documentação. Porém, segundo ele, a assinatura de um acordo de previsão de reversibilidade parece ser dispensável. O termo obriga as empresas a operarem separadamente até a conclusão do processo.

— Tem que ser analisado quando os dados vierem, mas pelo que foi reiteradamente dito nesta reunião e até na imprensa, os dois empresários garantiram que os negócios vão ser mantidos separadamente. Então não acho que seja necessário qualquer medida por enquanto — declarou Badin.

Segundo o presidente do Cade, o tempo médio de análise dos casos é de 47 dias. Porém, pela complexidade, especialistas acreditam que o julgamento da fusão da Sadia e da Perdigão deve demorar bem mais.

— Se as empresas de fato tiverem interesse em agilizarem o processo, é muito importante que elas forneçam as informações da melhor forma possível e todas que forem requisitadas o mais rapidamente possível. Se isto acontecer, é possível que agente tenha uma redução considerável no tempo de análise desse caso, mas eu não criaria uma expectativa inferior a um ano — explicou Cleveland Prates, ex-conselheiro do Cade.

A comissão de valores mobiliários informou em nota que está acompanhando o caso e verificando se as empresas estão cumprindo a lei e a regulamentação na tarefa de manter o mercado informado. As operações de fusão são deliberadas em assembléias geras de acionistas e independem de registro na Comissão se Valores Mobiliários (CVM).

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