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 | 22/05/2009 05h09min

PSDB mantém nome do homem da mochila sob sigilo

Motorista é pivô da polêmica entre vice-governador e o tesoureiro da campanha de Yeda

Carlos Wagner  |  carlos.wagner@zerohora.com.br

O PSDB gaúcho não identifica o homem capaz de esclarecer a polêmica entre o vice-governador Paulo Afonso Feijó e o tesoureiro da campanha da governadora Yeda Crusius, Rubens Bordini, sobre o conteúdo de uma mochila de academia de ginástica.

Feijó diz que entregou a um motorista que trabalhava na campanha uma mochila com R$ 25 mil. Bordini diz que recebeu de um motorista a mochila com brindes, sem o dinheiro. Na tarde de ontem, durante entrevista na sede do PSDB, Bordini foi taxativo:

– Não lembro quem foi o motorista. Não adianta me pressionarem. A hora que descobrir quem foi vou falar.

No final da entrevista, Bordini mostrou-se irritado com a curiosidade sobre a identidade do motorista. O fato de a campanha de Yeda ter enfrentado dificuldades financeiras no primeiro turno e empregar um pequeno número de pessoas poderia facilitar a identificação. Um dos motoristas que atuaram no primeiro turno, Lucas Alves da Costa, 34 anos, trabalha hoje no Palácio Piratini dirigindo o carro de Tarsila Crusius, chefe da Ação Solidária do governo e filha da governadora. No final da tarde de quarta-feira, Zero Hora ouviu Costa. Ele disse:

– Eu não transportei a mochila. A minha função era dirigir para a governadora. Também não sei quem fez.

Costa não era o único motorista, informa Bercílio Silva, presidente estadual do PSDB na época da campanha. Além dos dois carros à disposição do partido, uma Meriva e um Fiat, segundo a versão do tucano, os militantes acabavam contribuindo com os seus veículos na campanha. Ele desconhece quem fez o transporte da mochila. Funcionários do partido calculam que mais de 15 pessoas desempenharam a função de motorista, entre eles sargentos da Brigada Militar que prestavam serviço voluntário à então candidata a governadora. ZH visitou o comércio ao redor da sede do partido, restaurantes, postos de gasolina e outros serviços. Um dos comerciantes lembrou de um brigadiano gordo que trabalhou dirigindo veículos na campanha e que fazia refeições no seu restaurante.

– Eles vinham aqui, eu sabia que eram motoristas pelas conversas. O número era variável. Às vezes vinham dois. Em outras, mais de cinco – disse.

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