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 | 16/05/2009 08h17min

Revista Veja apresenta novas denúncias de caixa 2 na campanha de Yeda

A governadora anunciou que vai processar a revista

Atualizada às 11h11min

A edição deste fim de semana da Revista Veja traz novas suspeitas de caixa 2 na campanha da governadora Yeda Crusius em 2006. A reportagem mostra uma troca de e-mails entre o vice-governador Paulo Feijó e um representante de revenda de veículos.

Além dos R$ 400 mil supostamente doados por duas empresas fumageiras à campanha da governadora, outra doação entra no foco das suspeitas: o vice-governador Paulo Afonso Feijó teria captado R$ 25 mil junto à concessionária de veículos Simpala e repassado ao tesoureiro tucano, Rubens Bordini — mas o dinheiro não apareceu na prestação de contas da governadora.

Em sua mais recente edição, publicada na internet na madrugada deste sábado, a revista Veja reproduz um e-mail trocado durante a campanha entre Feijó e Bordini. Na mensagem, Feijó diz a Rubens: "recebi R$ 25 mil em cash da Simpala. Está comigo".

A revista cita ainda outras mensagens — sem reproduzi-las. Nos e-mails mencionados, quem falaria em nome da Simpala é o gerente de relações institucionais da GM, Marco Kraemer. Em um deles, enviado na primeira semana de setembro de 2006, Kraemer teria dito que a suposta doação estava confirmada e que faria o possível para estar presente — fazendo referência ao momento em que o dinheiro seria entregue a Feijó, que posteriormente o repassaria a Bordini.

A revista Veja mencionou a polêmica envolvendo o governo gaúcho também no editorial, denominado Carta ao Leitor. Além de criticar Yeda por tentar desqualificar as fontes que dão sustentação à reportagem da semana anterior, que continha entrevista com a viúva do ex-representante do Estado em Brasília Marcelo Cavalcante sobre gravações nas quais o marido e Lair conversariam sobre suposto caixa 2 na campanha de Yeda, a revista critica o governo gaúcho por tachar a revista de "antiética, golpista e petista".

De acordo com a publicação, "os procuradores eleitorais reabriram as prestações de contas de Yeda e avisaram que requererão uma investigação da Polícia Federal sobre as denúncias de financiamento ilegal. Querem ainda que seu superior, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, analise se Yeda tinha dinheiro suficiente para comprar uma casa em um bairro nobre da capital gaúcha em 2006, num caso que já havia sido arquivado".

Após se reunir com a governadora Yeda Crusius e secretários do governo do Estado na tarde e noite de ontem, o advogado Eduardo Alckmin confirmou que ficou definido uma ação de indenização por danos morais contra a revista Veja. Por enquanto, integrantes do PSOL e a empresária Magda Koenigkan não serão alvo de medidas judiciais. Segundo o advogado, é preciso analisar controvérsias jurídicas antes de decidir outras ações.

— Queremos que quem formulou a principal acusação esclareça no Judiciário – disse o advogado.

Outra prioridade de Alckmin é obter informações, na segunda-feira, junto ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que deve receber o caso da compra da casa de Yeda para ser analisado.



Confira a cronologia do caso:




O que diz Rubens Bordini, ex-tesoureiro da campanha de Yeda

Reforça que não houve irregularidades na campanha da governadora Yeda Crusius e nega ter recebido dinheiro em mochila.

O que diz Marco Kraemer, gerente de Relações Institucionais da GM

À revista Veja, afirmou que a correspondência efetivamente é sua, mas negou ter intermediado doações.

Zero Hora procurou o vice-governador Paulo Afonso Feijó e um integrante da direção da concessionária Simpala, mas eles não foram localizados.

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