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 | 13/05/2009 20h20min

Oposição tentará derrubar mudanças na caderneta de poupança

Líder do PSDB na Câmara diz que decisão foi "uma opção equivocada"

A decisão do governo de taxar os poupadores da caderneta de poupança que tenham rendimentos acima de R$ 50 mil foi "uma opção equivocada", segundo avaliou nesta quarta-feira o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP).

Após reunião entre PSDB, PPS e DEM, os partidos oposicionistas anunciaram que vão lutar para derrubas as mudanças anunciadas pelo governo.

— A oposição vai mostrar que o governo tirou da poupança a grande atração que ela tinha, que era a confiança. O governo decidiu desonerar os investidores, os aplicadores de recursos e onerar os poupadores — criticou Aníbal.

— Em vez de tornar a poupança em mérito, e preservar as regras do jogo, o governo onera a poupança e desonera os investidores — completou.

Para o deputado Raul Jungamm (PPS-PE), com a medida de hoje, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez "uma opção preferencial" pelos bancos.

Ele acrescentou ainda que a mudança não resolve o problema da caderneta de poupança se tornar mais atraente do que os fundos de renda fixa.

— Basta a Selic (a taxa básica de juros) reduzir um ponto e, imediatamente, estaremos na situação que se quer evitar, que é a fuga dos recursos dos fundos de renda fixa para a poupança — disse Jungmann.

Ele argumentou que, como não se mexeu na poupança este ano, o ano base para declaração do Imposto de Renda será 2010, para o recolhimento em 2011.

— Se tributa para o ano. Ora, se neste momento em que não se mexeu na poupança há redução da Selic, mesmo com a redução do Imposto de Renda, a poupança vai estar rendendo, praticamente, igual aos fundos de renda fixa. Não resolveram nada — calculou.

Jungmann não descartou a possibilidade do governo, no futuro, mudar novamente as regras da poupança, inclusive, igualando a medida do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que confiscou a caderneta.

— No momento em que você quebra a regra de proteção da poupança, evidentemente, que, no futuro, outras quebras podem acontecer. Porque, o governo que dizia não mexer na poupança, mexeu, dizia que não iria tributar e tributou — afirmou acrescentando que a oposição pretende "ir às ruas" contra as medidas.

AGÊNCIA BRASIL
 
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