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 | 01/05/2009 09h18min

Solenidade marca primeira extração na maior jazida achada no país

Novas regras para exploração no pré-sal serão anunciadas ainda este ano

Atualizada às 21h09min

Bom exemplo da logística complexa que representa a exploração de petróleo na camada pré-sal, terá dois turnos a solenidade prevista para esta sexta, dia 1º, para marcar a primeira extração na área de Tupi. Trata-se da maior jazida descoberta até agora no Brasil, caso se confirme a estimativa de reservas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.

Pela manhã, irão até o navio-plataforma Cidade de São Vicente a direção da Petrobras e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de solenidade às 16h, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro (RJ), por recomendações de segurança que envolvem a previsão do tempo. O deslocamento de helicóptero até o navio-plataforma Cidade de São Vicente, a 290 quilômetros da costa, demora uma hora e meia. Lá, estarão representantes das empresas parceiras da Petrobras na concessão, o britânico BG Group (25%) e a portuguesa Galp (10%). Ontem, durante a apresentação da atividade, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, avisou:

– O pré-sal é do povo brasileiro.

Também confirmou o que havia antecipado a Zero Hora em recente visita ao Estado: as novas regras para a exploração no pré-sal serão anunciadas ainda no primeiro semestre.

Dilma admite que atual lei que regular setor será modificada

Diante da insistência das perguntas sobre um novo marco regulatório, a ministra praticamente confirmou que haverá alterações na atual lei do petróleo. Disse que toda mudança pode envolver decretos, normativas e projetos de lei. Para o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o pré-sal representa “uma nova era”:

– A única grande descoberta dos últimos anos é no Brasil.

Durante 15 meses, a plataforma vai operar um teste de longa duração em Tupi. A Cidade de São Vicente tem capacidade para processar 30 mil barris de petróleo por dia e capacidade de armazenamento de 1 milhão de barris. Essa produção, confirmou ontem o diretor de exploração da Petrobras, Guilherme Estrella, será dividida entre a Petrobras e seus sócios.

A fatia dos sócios estrangeiros nas reservas do pré-sal é uma das principais polêmicas que cercam a definição das novas regras. Até agora, as empresas internacionais remuneram o governo pagando tributos. Uma das mudanças em estudo, além da criação de uma estatal, é a adoção de um novo modelo que prevê a divisão da produção.


Por que é importante
Tupi é uma das poucas áreas de descobertas já avaliadas pela Petrobras. Estima-se que há entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo. Caso seja confirmado o teto da projeção, isso significa metade de todas as atuais reservas provadas do Brasil, de 14 bilhões de barris.
Só isso já transformaria o Brasil em exportador de petróleo. Essa área corresponde a um décimo das estimativas extra-oficiais para todo o pré-sal, que chegam a 80 bilhões de barris.
Além disso, o óleo encontrado em Tupi é do tipo leve, mais valorizado no mercado internacional.

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