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 | 21/04/2009 16h03min

Economistas dos EUA pedem divisão de bancos grandes

Categoria pretemde evitar a concentração do poder

Atualizada às 16h03min

Ao invés de injetar dinheiro do contribuinte em grandes e complexas instituições, é hora de o governo dos EUA tomar medidas radicais e dividi-las em empresas menores e mais transparentes, disseram economistas a congressistas dos EUA nesta terça-feira.

— Temos pouco a perder, e muito a ganhar, dividindo esses hipopótamos, que não apenas são muito grandes para quebrar como também muito grandes para proteger e muito grandes para gerenciar — disse o Prêmio Nobel de 2001 e professor da Universidade de Columbia Joseph Stiglitz, um dos participantes da audiência do Comitê Econômico Conjunto do Congresso dos EUA.

Ele argumentou que o setor financeiro dos EUA é muito grande e instituições gigantescas estão mais suscetíveis a assumir riscos excessivos que poderão se voltar contra os contribuintes e distorcer os mercados. De forma similar, o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Instituto Peterson para Economia Internacional Simon Johnson argumentou que os formuladores de política precisam revisar regras antitruste para evitar o desenvolvimento de instituições financeiras muito grandes.

Os bancos devem ser vendidos para novos investidores de private equity e divididos, afirmou Johnson, acrescentando que os bancos podem ser vendidos em pedaços médios e divididos regionalmente ou por tipo de negócio, para evitar concentração de poder.

— Isso pode parecer uma medida cruel e arbitrária, mas é a forma mais direta de limitar o poder das instituições individuais, especialmente em um setor que, conforme o ano passado mostrou, é ainda mais crítico para a economia como um todo do que qualquer um imaginava — disse Johnson.

Ele também pediu por limites na remuneração de executivos para todos os bancos que recebem ajuda do governo, inclusive aqueles que se beneficiam de programas do Federal Reserve. O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Thomas Hoenig, também criticou a resposta do governo federal à crise, afirmando que as medidas se concentraram demais em salvar empresas grandes como a American International Group (AIG).

— Nossas ações até o momento têm o risco de prolongar a crise, ao mesmo tempo que aumentam o custo e levantam sérias questões sobre como nós podemos eventualmente desmontar esses programas sem criar outra crise financeira tão ruim ou pior do que a que enfrentamos atualmente — afirmou Hoenig.

Agência Estado
 
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