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 | 24/03/2009 21h26min

Obama: a economia dos EUA começa a dar sinais de progresso

"Vamos nos recuperar desta crise. Vamos precisar de tempo e paciência", diz o democrata

Atualizada em 25/03/2009 às 00h47min

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que os americanos "começam a ver sinais de progresso" na economia, embora tenha destacado que a superação da crise ainda levará "muito tempo" e vai requerer a colaboração de todos.

As declarações de Obama foram feitas no começo de uma entrevista coletiva exibida ao vivo no horário nobre da TV americana, a segunda que concede em seus dois meses de mandato.

Antes de responder às perguntas da imprensa, o presidente afirmou:

– Vamos nos recuperar desta crise. Vamos precisar de tempo e paciência, mas quando trabalhamos juntos é quando somos bem-sucedidos.

Obama passou em revista as medidas econômicas que propôs desde que chegou à Casa Branca, em 20 de janeiro, entre as quais estão um pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões e um orçamento de US$ 3,6 trilhões.

Sobre as duras críticas que a proposta orçamentária recebeu tanto da oposição republicana como de alguns democratas moderados, o presidente americano defendeu-se dizendo que "a melhor maneira de reduzir o déficit (fiscal) é com um orçamento que nos leve ao crescimento econômico", como, segundo disse, fará o seu projeto.

Segundo Obama, "este orçamento é indissolúvel da recuperação econômica". O chefe de Estado já havia prometido reduzir pela metade o déficit fiscal, que em janeiro era de US$ 1,2 trilhão, até o fim de seu mandato.

Obama acha que o orçamento vai propiciar investimentos em energias renováveis, a criação de novos empregos e negócios e a diversificação da matriz energética americana.

– O orçamento que enviei ao Congresso sustentará a recuperação de nossa economia sobre alicerces mais sólidos, de modo que não teremos que enfrentar outra crise como esta em 10 ou 20 anos – declarou.

A proposta orçamentária da Casa Branca dá ênfase ao estímulo à educação e a mudanças no sistema de saúde, reformas que, na opinião do presidente, permitirão "estabelecer as bases de uma prosperidade segura e duradoura":

– Afinal de contas, a melhor maneira de recortar o déficit a longo prazo não é mantendo as mesmas políticas de sempre, de dívida maciça e pouca prosperidade. É com um orçamento que nos permita passar da era dos gastos e dos empréstimos à era da poupança e dos investimentos.

Ao responder aos jornalistas, Obama justificou a necessidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e de o Departamento do Tesouro terem mais autoridade para intervir em empresas financeiras.

Segundo disse, as autoridades podem atualmente assumir a gestão de um banco, mas não de uma seguradora como a AIG, o que resultou em situações "sem controle", como o pagamento de bônus milionários aos executivos desta companhia.

– Temos que poder assumir o controle de qualquer entidade suscetível de pôr em risco a estabilidade do sistema financeiro – afirmou o presidente.

EFE
Matthew Cavanaugh, EFE  / 

Esta é a segunda entrevista que Obama concede em horário nobre da TV americana em dois meses de mandato
Foto:  Matthew Cavanaugh, EFE


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