| 05/03/2009 09h51min
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) posicionou-se contrária à demarcação de terras indígenas no Estado, e informou que os estudos da Fundação Nacional do Índio (Funai) causam uma instabilidade ao setor produtivo sul-mato-grossense.
O presidente da Comissão de Assuntos Fundiários e Indígenas da entidade,
Cristiano Bortolotto, afirmou que uma possível ampliação de reservas pode comprometer a economia da região mais produtiva do Estado.
Segundo ele, a região sul, foco dos estudos realizados pelos grupos de trabalho da Funai, tem 22% do território do Estado e é responsável por 37% de todas as exportações estaduais. Bortolotto afirmou também que, com o início do processo de demarcação, vários investimentos foram suspensos já que propriedades podem ser expropriadas para serem concedidas aos indígenas.
O representante da Famasul disse ainda que quem conhece a realidade de Mato Grosso do Sul sabe que todas as propriedades rurais do Estado são legais e devidamente registradas em cartórios desde o início da colonização da região, ainda no século 19.
Para ele, não é justo tentar resolver o problema de falta de terras dos índios tirando as terras dos produtores. Todas as áreas do governo federal que poderiam ser cedidas aos índios já foram demarcadas, disse ele.
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