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Cresce risco de crise humanitária no Iraque

Falta de água em Basra pode provocar epidemias

Os sinais de uma crise humanitária no Iraque aumentaram na segunda-feira, dia 24, uma vez que os combates no sul do país se intensificaram, impedindo a chegada de ajuda internacional. Em Basra, a segunda maior cidade iraquiana, falta água.

Em Nova York, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, pediu uma ação urgente para garantir o abastecimento de água em Basra, onde vivem cerca de 2 milhões de pessoas e a temperatura nesta época costuma atingir os 40 graus.

O governo britânico, que participa dos conflitos, reconheceu que a surpreendente resistência iraquiana no sul do país está dificultando a entrega de comida e outros gêneros. A ajuda aos civis é importante para que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha transmitam à população a mensagem de que seu inimigo é o presidente Saddam Hussein, não o povo.

Segundo a ONU, a desnutrição já atinge 1,3 milhão de crianças menores de 5 anos no Iraque – o que equivale a 25% dos menores. O programa de troca de petróleo por alimentos, que ajuda 60% dos 26 milhões de iraquianos, está suspenso. Até agora, essa era a única brecha no embargo econômico imposto em 1990 ao país.

A secretária britânica do Desenvolvimento Internacional, Clare Short, disse que, se o programa não for retomado, "será muito difícil evitar uma grave crise humanitária".

Segundo a Cruz Vermelha, os bombardeios ocorridos até agora sobre Bagdá não afetaram hospitais, estações de tratamento de água ou a rede elétrica. Mas há falta de remédios, especialmente contra asma.

As agências humanitárias temem que uma escassez prolongada de água nas grandes cidades provoque epidemias. Em Basra, os reservatórios estão com menos da metade de seu nível normal, por causa de uma falha elétrica ocorrida na sexta-feira.

– Acho que são necessárias medidas urgentes. Uma cidade daquele tamanho não pode viver sem eletricidade ou água por muito tempo. Você pode imaginar o efeito disso sobre o saneamento – disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

As informações são da agência Reuters.

 
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