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 | 19/02/2009 09h18min

Indústria de Santa Catarina demite 3,2 mil em janeiro

Corte representa queda de 1,44% no número total de empregados

As grandes e médias indústrias catarinenses cortaram 3.226 postos de trabalho em janeiro, o que representa uma queda de 1,44% no número total de empregos. Os segmentos mais afetados foram os de produtos de madeira (682 demissões), máquinas e equipamentos (623) e metalurgia básica (453).

O levantamento, divulgado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) nesta quarta, dia 18, contou com a participação de 348 empresas.

De acordo com a entidade, o resultado negativo do segmento de madeira foi influenciado diretamente pelo encerramento das atividades de uma grande companhia do setor.

As indústrias de máquinas e equipamentos e de metalurgia básica também não escaparam aos efeitos da crise global. As primeiras realizaram ajustes de produção em função da desaceleração das vendas. E o segmento de metalurgia básica tem nas montadoras (tratores, ônibus e automóveis), fortemente afetadas, os seus principais compradores.

Ao todo, 16 dos 19 setores industriais pesquisados pela Fiesc fecharam janeiro com saldo negativo de empregos. Segundo a entidade, as empresas ouvidas têm buscado alternativas, como férias coletivas, para adequar a produção.

Para enfrentar o cenário adverso da crise, a Fiesc defende uma agenda mínima para o país em 2009: a realização de uma reforma que simplifique o atual modelo tributário, aumente o prazo de recolhimento dos tributos e desonere os investimentos e as exportações. No campo trabalhista, a entidade propõe maior segurança jurídica às empresas e trabalhadores, estímulo à negociação (sem prejuízo dos direitos fundamentais dos trabalhadores) e redução dos encargos sociais incidentes na folha.

No país, a previsão para o mês de fevereiro é que o saldo de empregos continue no vermelho. A LCA Consultores espera um resultado negativo de 20 mil vagas, ruim para o mês.

– Apesar do saldo negativo, vamos observar perda no ímpeto das demissões – disse o analista Fábio Romão, para quem o pior já passou.

DIÁRIO CATARINENSE
 
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