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 | 19/02/2009 03h28min

Viúva de Marcelo Cavalcante: “Ele começou a ficar apreensivo”

Entrevista: Magda Koenigkan, empresária

Depois do sepultamento do marido, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, ontem, a empresária Magda Koenigkan, viúva de Marcelo Cavalcante, concedeu a seguinte entrevista a Zero Hora:

Zero Hora – A governadora Yeda Crusius convidou seu marido para voltar a trabalhar na representação? Por que ele não aceitou?

Magda Koenigkan – Não era a equipe que ele formou junto com ela, acho que era alguma influência de alguém, não me lembro bem. Marcelo realmente repartia tudo comigo, todas as histórias, detalhes, ele me contava tudo, a gente se falava 20 vezes por dia durante o dia de trabalho. Então, a parte mais técnica, opiniões, acho que a governadora tem conhecimento e pode esclarecer melhor. Mas houve, sim (o convite), porque a governadora tem confiança no Marcelo.

ZH – Era para ele atuar como representante do Estado, o mesmo cargo que ele tinha antes?

Magda – Ela (governadora) falou nesse sentido e deu também uma outra abertura para outra situação, mas ele disse melhor que não, que não era a equipe que ele sentia fortalecido.

ZH – Qual era a outra abertura, para qual situação?

Magda – Ele me falou, mas estou tão perturbada, posso falar depois. Mas ela deu total abertura, e Marcelo tem imenso respeito por ela. Ele recusou de imediato, nem me consultou. Ele geralmente me consultaria, mas já falou que não para esse momento, não com essa equipe, que o momento dele era outro e que ela podia contar com ele para tudo.

ZH – Ele falaria sobre desdobramentos da fraude do Detran?

Magda – Não sei se esse depoimento era para esse fim. Ele tinha um depoimento que corria em segredo de Justiça, mas acho que não era esse assunto. Ele me falou que era dia 20 e passou para o dia 27, em Brasília.

ZH – Para quem seria o depoimento? Para a Polícia Civil ou Federal? Para o Ministério Público Federal?

Magda – Não tem nada de polícia. Que eu saiba, é Ministério Público Federal. Marcelo detalhava tudo comigo. A gente estava programado para uma viagem. Eu estava no Rio com Marcelo quando houve uma mudança da data (do depoimento). Ele começou a ficar apreensivo, muito nervoso. Porque ele não é parte de nada, ele apenas ia ser ouvido para esclarecimento técnico, não era testemunha. Não era essa seriedade toda. Mas ele ficou bastante apreensivo, muito nervoso, eu estava no Rio com ele e até fiquei mais uns dias para ele descansar, não deixava tocar nesses assuntos. Aí nós viemos para Brasília, e ele muito nervoso.

ZH – Ele voltou a falar do assunto ao retornar para Brasília?

Magda – Todos os dias, todas as horas, todos os minutos.

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