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 | 19/02/2009 03h25min

Yeda se reuniu com ex-assessor, diz viúva

Cavalcante teria dito que, apesar de admirar a governadora, não trabalharia com sua atual equipe

Adriana Irion  |  adriana.irion@zerohora.com.br

Demitido da representação do Estado em Brasília durante o escândalo do Detran, Marcelo Cavalcante teria sido convidado pela governadora Yeda Crusius para retomar a função. A viúva de Cavalcante, a empresária Magda Koenigkan, confirmou ontem que o marido, encontrado morto na terça-feira com indícios de suicídio, recebeu a proposta de Yeda numa reunião há duas semanas. A governadora esteve em Brasília nos dias 3 e 4.

Conforme Magda, Cavalcante recusou o convite por não querer trabalhar com a atual equipe de Yeda.

– Marcelo gosta muito da governadora, tem a governadora como uma pessoa muito íntegra, de muito respeito, mas ele disse que com a equipe que ela estava trabalhando ele não queria fazer parte não, ele faria parte se fosse a equipe do início, aquela equipe que ele formou junto – disse.

A assessoria da governadora informou na noite de ontem que ela já tinha registrado o que tinha a dizer sobre Cavalcante na nota oficial emitida na terça-feira, quando o corpo dele foi encontrado no Lago Paranoá, em Brasília. O ex-assessor estava desaparecido desde sábado.

Magda acredita que o encontro entre o marido e a governadora tenha ocorrido no escritório de representação do Estado na Capital Federal. Cavalcante havia comentado sobre a conversa também com um amigo de Porto Alegre. A empresária relembrou que o marido estava nervoso nos últimos dias por conta de um depoimento que supostamente prestaria ao Ministério Público Federal (MPF).

Desde que a morte de Cavalcante foi confirmada, informações sobre um possível depoimento dele ao MPF se tornaram tema de conversas entre integrantes e ex-integrantes do governo. Cavalcante foi exonerado depois de vir à tona que ele recebera uma carta do lobista Lair Ferst – réu no processo do Detran –, dirigida à governadora, na qual estavam relatadas supostas irregularidades na autarquia. À época, Cavalcante confirmou ter recebido a carta, mas negou tê-la encaminhado a Yeda. Um rascunho da carta de autoria de Ferst, apreendido pela Polícia Federal, foi considerado pela PF como uma “confissão extrajudicial” sobre o esquema criminoso no Detran.

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