| 10/02/2009 20h02min
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que faz uma intensa campanha para aprovar o plano de estímulo econômico que propôs, recebeu um grande incentivo com o sinal verde que o Senado deu hoje ao pacote. Obama foi até Fort Myers, na Flórida, a localidade mais afetada pelas execuções de hipotecas nos EUA, para se reunir com eleitores e promover o plano, num ato similar ao realizado ontem em Elkhart (Indiana).
No meio da sessão de perguntas e respostas, Obama teve a notícia de que, por 61 votos a favor e 37 contra, o Senado havia aprovado o plano de estímulo, que destinará US$ 838 bilhões ao combate à crise e que, segundo o chefe de Estado, permitirá que sejam criados ou mantidos entre três milhões e quatro milhões de empregos.
Essas "são boas notícias", afirmou o governante, que, no entanto, disse que há "ainda muito trabalho a fazer", já que é necessário harmonizar o projeto de lei do Senado com o que foi aprovado em 28 de janeiro na Câmara de Representantes.
De olho nesse
processo, que promete ser disputado, Obama deve ser reunir ainda hoje, assim que voltar a Washington, com um grupo de democratas conhecidos por sua posição conservadora em matéria fiscal e que já votaram contra o pacote na Câmara de Representantes.
O presidente quer que o texto final do plano esteja pronto para ser sancionado antes de 16 de fevereiro. No discurso desta terça-feira em Fort Myers, Obama reiterou a importância do espírito colaborador e a necessidade de a politicagem ser deixada de lado neste grave momento de crise econômica.
— Criar postos de trabalho e fazer a economia dar a volta por cima é uma missão que está acima do partidarismo. Quando a cidade está em chamas, não olhamos de que partido cada um é, agarramos uma mangueira — afirmou.
Na votação de hoje no Senado, o pacote de Obama foi claramente rejeitado pela oposição republicana: dos 41 legisladores do partido que há na casa, apenas três — todos da ala moderada — se juntaram à
maioria democrata para aprovar o
texto.
Isso aconteceu porque os republicanos, além de defenderem mais incentivos fiscais — como fez George W. Bush em seu mandato —, acreditam que o plano vai representar um desperdício do dinheiro público e não criará muitos postos de trabalho.
A resposta a essa postura foi dada por Obama na Flórida:
— Não podemos (...) permitir rusgas e o retorno das mesmas ideias fracassadas que nos levaram a esta confusão (...). Tivemos um bom debate, mas acabou a hora de falar. As pessoas aqui em Fort Myers e em todos os EUA precisam de ajuda, e chegou a hora de agir. Os americanos (....) não têm paciência para esperar mais que as pessoas de Washington resolvam isto.
O presidente americano deve passar o resto da semana fazendo campanha pelo plano de estímulo que propôs. Na quinta-feira, ele irá a Peoria, em Illinois, uma localidade muito afetada pelo desemprego.
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