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 | 01/02/2009 22h34min

No final, Fórum Social comemora "vitória" sobre Davos

Dirigente diz que evento em Belém só quer "explicações sobre a crise" de rivais

Dirigentes do Fórum Social Mundial em Belém (PA) comemoraram neste domingo, ultimo dia de atividades do evento, a "vitória" sobre o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Para eles, as discussões feitas em Belém terão impacto na superação da crise, enquanto em Davos os "concorrentes" não conseguiram achar caminhos para vencer os desafios da economia. As informações são do site G1.

Um dos fundadores do evento, o diretor-geral do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômica (Ibase), Cândido Grzybowski, afirma que o Fórum Social tem conseguido, ao longo dos anos, mudar a agenda de discussões entre as lideranças mundiais, inclusive em Davos, colocando na pauta temas como pobreza e paz. No assunto da crise financeira, Cândido não quer ouvir nenhuma proposta de Davos. Para ele, o encontro na Suíça foi um velório e se existe algo que merece atenção é o Fórum Social:

— Eles (Davos) não tem o que dizer a não ser explicar porque fizeram essa droga toda dizendo que era a única saída. A única saída era jogar cartas, fazer cassino para afetar todo mundo e criar mais pobreza no mundo? Eles são os únicos responsáveis. Eles e os governos subservientes.

Sem carta

O Fórum não tem um documento final sintetizando as idéias de seus participantes. Nesta tarde, organizações participantes realizam uma grande assembléia divulgando manifestos conjuntos sobre os mais variados temas.

O comitê organizador do Fórum se reunirá nos dia 2 e 3 em Belém para decidir os próximos calendários. Pelas definições anteriores, em 2010 o evento será descentralizado com um dia de movimentação global. Somente em 2011 o formato de sede única, como aconteceu em Belém, será retomado. Entre os prováveis destino estão Estados Unidos, Oriente Médio e África.

Segundo dados preliminares da organização, o Fórum contou com cerca de 150 mil participantes de 142 países. Foram mais de 5,8 mil entidades de todos os continentes em cerca de 2,3 mil atividades com cobertura direta de veículos de comunicação de 30 países. Os investimentos públicos no Fórum, segundo os organizadores, foram de R$ 25 milhões. Não estão computados nestes gastos os investimentos na infra-estrutura da cidade e na área de segurança pública.

Segundo Cândido, a arrecadação do Fórum chegará a R$ 6 milhões e permitirá às entidades organizadoras quitar todo o custo do evento. Cerca de R$ 3 milhões foram arrecadados só com a inscrição de participantes.

 
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