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 | 01/02/2009 16h15min

Fórum de Davos pede ação rápida e coordenada contra a crise

FMI espera um crescimento econômico de apenas 0,5% no mundo, o valor mais baixo desde 1945

O Fórum Econômico Mundial terminou neste domingo em Davos na Suíça, com os líderes empresariais e de governos pedindo uma ação rápida e coordenada dos países para enfrentar a mais séria recessão global desde 1930.

Os participantes do encontro temem os efeitos sociais da crise, principalmente uma instabilidade política maior nos países, ressurgimento do protecionismo comercial e um revés nas iniciativas em favor da globalização.

— O tempo das palavras está terminado. Este é um tempo para implementação e ação. Se voltarmos daqui a seis meses ou um ano e continuarmos falando as mesmas coisas, nós teremos falhado. A agitação social com que teremos de lidar será absolutamente dramática — disse a executiva Maria Ramos, da África do Sul, que foi uma das coordenadoras do Fórum Econômico neste ano.

As cinco principais recomendações foram o apoio aos governos e às instituições do G20 (grupo dos países mais ricos), medidas que levem em conta as mudanças climáticas e os problemas de suprimento de água, maior cooperação internacional contra a crise, valorização de questões éticas nos negócios e restauração da confiança em relação futuro da economia mundial.

Os participantes criticaram algumas decisões que, segundo eles, podem estimular o protecionismo e o fechamento de mercados a produtos e serviços estrangeiros.

— Se formos dar uma resposta global à crise, temos de dar a todos os países a capacidade de aumentar seus gastos fiscais — ponderou Ricardo Hausmann, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional, da John F. Kennedy School of Government, da Universidade de e Harvard.

As projeções para a economia mundial 2009 são pessimistas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera um crescimento econômico de apenas 0,5% no mundo, o valor mais baixo desde 1945. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) diz que 50 milhões de trabalhadores podem perder seus empregos neste ano, no caso de agravamento dos problemas.

AGÊNCIA BRASIL
Alessandro Bella Bella, EFE / 

Os participantes do encontro temem os efeitos sociais da crise, principalmente uma instabilidade política maior nos países
Foto:  Alessandro Bella Bella, EFE


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