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 | 28/01/2009 15h04min

Crise não afetou mercado do turismo no Brasil, diz ministro

É preciso analisar com calma os mercados emissores, afirma Barreto

A crise econômica mundial até agora não fez cair o número de turistas que visitam o Brasil, disse hoje em Madri, o ministro do Turismo, Luiz Barreto, que se mostrou "otimista" a curto prazo, mas "cauteloso".

— Por enquanto, não houve impacto da crise no Brasil — afirmou Barreto, que esteve presente na inauguração do stand brasileiro na 29ª Feira Internacional de Turismo (FITUR).

— Não é possível fazer grandes previsões a médio prazo, mas é preciso analisar com calma, e a cada três meses, os mercados emissores para observar seu comportamento — admitiu o ministro.

Segundo Barreto, o Brasil tem "duas grandes vantagens competitivas" em relação a 2009. A primeira delas é um produto "mais barato" devido à forte queda do real frente ao dólar — cerca de 30%. Em segundo lugar, há, no país, um forte mercado interno, que, devido à desvalorização da moeda, está viajando menos ao exterior, o que faz com que a despesa "esteja sendo revertida ao mercado doméstico".

Por isso, o ministro expressou sua convicção de que a atual temporada de verão termine com um crescimento de 20% do turismo interno. Barreto ressaltou que o balanço de 2008 é "positivo" para o turismo brasileiro, ao terminar com uma entrada de divisas de US$ 5,253 bilhões, 17,15% a mais que em 2007, e o que significa "um recorde nos últimos 40 anos".

Ele acrescentou que mais de seis milhões de pessoas vivem do turismo no Brasil, e que o país recebeu em 2008 mais de 5 milhões de turistas estrangeiros. Os três maiores mercados que enviam turistas ao Brasil são Argentina, com um milhão; Estados Unidos, com 750 mil, e Portugal, com 300 mil.

No entanto, o Brasil tem a intenção de investir 15 milhões de euros (US$ 19,8 milhões) para promover o turismo nacional em seis dos principais mercados emissores europeus: Espanha, Portugal, Reino Unido, França, Itália e Alemanha. Outra arma para enfrentar a crise é, em sua opinião, o fato de, hoje, o turismo no Brasil estar mais diversificado, não ser "só sol e praia", explicou o ministro.

Um grande evento "que vai significar o desenvolvimento do turismo brasileiro nos próximos anos" será a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, que representará "um grande salto qualitativo", com um conjunto de investimentos em infraestruturas, sobretudo em transporte público, estradas e aeroportos. Barreto afirmou também estar "convencido" de que o Rio de Janeiro será escolhido a cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

EFE
 
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