A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) acredita que o Banco Central está dando sinais claros de preocupação num momento crítico para produção e emprego. Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC promoveu o maior corte na taxa básica de juro dos últimos cinco anos. A taxa Selic caiu um ponto percentual, ficando em 12,75% ao ano.

Mas o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, destaca que os juros cobrados pelos bancos ainda precisam cair mais. O presidente regional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Celso Woouycierchowsky, queria uma redução ainda maior.

Economia em dia: repórter de Economia
de ZH Marta Sfredo comenta a redução

— Vamos continuar batendo na mesma tecla, reivindicando uma queda mais acentuada da taxa de juro. Nesse momento de crise econômica, de necessidade de oxigenação do desenvolvimento e de geração de empregos, 1% significa muito pouco. Lamentamos a decisão do Copom. Esperávamos uma queda de 2%.

O presidente da Federasul, José Paulo Cairolli, avalia que o tamanho do corte feito pelo Copom foi adequado, mas aguarda novas reduções.

— Foi correta a redução da taxa de juro. Ela deveria ter ocorrido já no mês de dezembro, mas vem em boa hora e aquecerá a economia. Mas a redução da taxa ainda tem que ser mais abrupta.

A próxima reunião do Copom será nos dias 10 e 11 de março.

Confira a variação da taxa:


Entenda como é calculada a taxa Selic: