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 | 20/01/2009 12h33min

Egito fecha fronteira com Gaza a pedido de Israel

Exército israelense anunciou no domingo (18) o início da "retirada gradual" de suas tropas

A pedido de Israel, as autoridades egípcias mantêm fechada, há 24 horas, a fronteira com Gaza, em Rafah. Só é permitido o transporte de ajuda humanitária, porém a conta-gotas. Fontes oficiais de Rafah confirmaram que, por volta das 14h (10h de Brasília) desta segunda-feira, o posto de fronteira, o único de Gaza que não leva a Israel, foi fechado a pedido do governo israelense, que está retirando suas tropas do local. As ordens de segurança do Egito atingiram um grupo de jornalistas, que tiveram que retornar ao lado egípcio.

No sábado de noite, Israel anunciou a interrupção da operação militar contra Gaza, que começou no dia 27 de dezembro, com um saldo de 1,310 palestinos mortos. No dia seguinte, o Hamas, que controla a faixa palestina, também anunciou uma trégua.

A passagem de Rafah, que está fechada há um ano e meio, quando o Hamas tomou à força o poder de Gaza, vinha sendo usada desde o final de semana para a passagem, restringida, de estrangeiros, jornalistas e remédios. Agora, porém, está praticamente fechada.

Confira a linha do tempo do conflito na Faixa de Gaza e vídeos com análises:


As últimas pessoas que tentaram atravessar a passagem de Rafah foram jornalistas da Indonésia e da Alemanha, que conseguiram passar pelo posto egípcio. Mas, posteriormente, ao se fechar o acesso do lado palestino, precisaram retornar ao Egito. Os únicos que conseguiram passar a fronteira foram os integrantes de uma comissão de políticos e médicos da França que viajaram a Gaza para conhecer a situação de seus moradores.

Os caminhões com ajuda não podem atravessar o posto. É preciso descarregar a carga em um lado da fronteira e voltar a carregar no outro. Dezenas de jornalistas se mantinham hoje nesta passagem, com a esperança de poder atravessar a fronteira rumo a Gaza.

Nesta segunda-feira (19), fontes políticas de organismos humanitários informaram que o principal ponto de entrada de assistência pelo sul de Gaza é o posto de Kerem Shalom, situado a cerca de 70 quilômetros do sul de Rafah, e supervisado pelas autoridades israelenses. Foram feitas denúncias de que nesse ponto fronteiriço era cobrado US$ 200 de impostos por cada tonelada de ajuda humanitária, um preço que, inclusive, supera o valor real de alimentos básicos, como o arroz.

Por outra parte, na cidade egípcia de Arish, a cerca de 40 quilômetros de Rafah, começaram a aparecer panfletos nos quais se pede o boicote de 15 produtos que são fabricados por empresas israelenses.

EFE

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