| 16/01/2009 15h46min
A estiagem foi implacável com os agricultores que, mesmo com orientação contrária da Emater municipal, decidiram plantar milho no cedo — entre outubro e novembro. A falta de chuva e o calor escaldante destruíram os 500 hectares plantados nas regiões de Faxinal, Timbaúva, Rincão Santa Catarina, Venda grande, Cabuatê Grande, Santo Antônio e Vista Alegre. Cerca de 100 famílias foram prejudicadas.
— Como já existe um histórico de falta de chuva nessa região, há quatro anos viemos orientando para não plantar. O pior é que estas famílias não tinham seguro agrícola — afirma o engenheiro agrônomo Fernando Oliveira Filho, da Emater municipal de São Gabriel.
Os agricultores pretendiam colher agora em janeiro, mas a espiga sequer colocou grãos. Alguns, usaram o milho para alimentar o gado, outros para fazer silagem e armazenar. Por sorte, nenhuma das famílias vive exclusivamente do plantio do milho.
— Eles mesclam com criação de gado, ovelha, cultivo de
mandioca e batata-doce, que são culturas
mais resistentes à estiagem. Muitos também tem outra fonte de renda: a aposentadoria rural. Se dependessem só do milho, estariam perdidos — diz Oliveira.
A previsão era plantar 1,5 mil hectares na cidade, mas a estiagem impediu o restante do plantio previsto para segunda quinzena de dezembro e janeiro — meses coberto pelo zoneamento agrícola.
Os agricultores pretendiam colher agora em janeiro, mas a espiga sequer colocou grãos
Foto:
Fernando Oliveira Filho, Divulgação
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