O setor agrícola padece com o longo período de estiagem que atinge o Estado. Segundo o presidente da Federação de Agricultores do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, as safras de milho e de soja sofreram perdas significativas.

A lavoura de milho, uma das mais afetadas pela seca, deve apresentar uma quebra de 40% da produção em relação ao ano anterior, conforme Sperotto. Para a soja, a estimativa é de queda de 20% em relação ao ano passado, informou. Para o presidente da Farsul, o preço da saca de feijão deve aumentar em decorrência da estiagem, devido à pouca oferta, o que não deve ocorrer com as outras culturas. A Farsul está ajudando os agricultores com orientações sobre como proceder no período de estiagem.

— Temos obrigação de informar, mas ao agricultor compete a decisão sobre o que plantar, sobre o momento de plantar e sobre o volume de produtos que vai plantar — ressaltou Sperotto.

A situação continua crítica no Rio Grande do Sul. Nem mesmo a forte chuva que atingiu o Estado na semana passada amenizou os efeitos da seca. De acordo com a Defesa Civil, 67 municípios decretaram situação de emergência e mais de 150 mil pessoas sofrem com os efeitos da estiagem.