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 | 18/12/2008 17h05min

Meirelles: decisão de manter Selic considerou cenário atual e expectativa de inflação

Presidente do Banco Central participou de audiência pública no Senado

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou nesta quinta-feira, em audiência pública no Senado, que a decisão de manter a taxa básica de juros ( Selic) em 13,75% ao ano, tomada na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), levou em conta "o cenário atual, ligado aos preços de mercado, e a expectativa da inflação para o futuro, além do risco de erosão do poder de compra da população".

Ele explicou que a decisão do comitê foi harmônica com a posição de "grande número de analistas que tanto pregavam e recomendavam a manutenção da taxa no patamar atual, quanto previam que ela seria mantida nessa faixa".

Com as explicações, Meirelles respondeu ao líder do PSB, Renato Casagrande (ES), segundo o qual, com essa decisão, o Copom "foi mais realista que o rei", pois "não reduziu a Selic num momento em que todo o quadro da economia interna recomendava isso". De acordo com Casagrande, a redução apontaria para uma redução dos juros de mercado.

O presidente da CAE, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que não entendeu o comportamento dos membros do Copom, que, na reunião do comitê, defenderam a redução da Selic em 0,25%, mas "ao final aprovaram a manutenção (da taxa) em 13,75% por unanimidade". Mercadante quis saber "que argumentos da minoria [dos membros do Copom] prevaleceram sobre os dos demais, motivando a manutenção da taxa".

Segundo Meirelles, na reunião, os integrantes do Copom mencionaram a possibilidade de redução, o que não significou que fossem adotar a medida, que a decisão já estivesse tomada. Apenas colocaram o assunto em discussão, disse ele, acrescentando que "o balanço de riscos que o Banco Central tinha em mãos não justificava decisão diferente".

Meirelles lembrou que já aconteceu de o Banco Central baixar a Selic e os juros depois subirem no mercado. Com a manutenção da taxa, em alguns casos, houve queda, acrescentou.

Ele disse ainda que o BC está agindo com vigor para reduzir o spread (custo da intermediação bancária para a oferta de crédito ao consumidor e ao setor produtivo), o que já começa a ocorrer. De acordo com Meirelles, ao mesmo tempo, o BC toma medidas fortes para manter a oferta de crédito


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AGÊNCIA BRASIL
 
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