O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou nesta quarta-feira que a crise financeira internacional não atingiu o setor de telecomunicações brasileiro. Para ele, o setor será o último a sentir os impactos da crise.

— Até pelo fato de que, quanto maior a crise, mais a gente fala ao telefone, mais a gente quer ouvir notícias, mais a gente fica agarrado na televisão. Todas as empresas estão investindo e multiplicando seus esforços. Mas, como a crise é internacional, tem alguns reflexos no Brasil. O primeiro foi o aumento do dólar, que dificulta um pouco o custo dos aparelhos, que são importados. Mas estamos exportando transmissores da TV digital para os Estados Unidos — disse, ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília.

O ministro destacou ainda que o Brasil está muito preparado para enfrentar a crise e que o setor de telecomunicações está muito bem, uma vez que exporta a maioria dos equipamentos, em vez de importá-los.

— Já se passaram dois anos do momento em que assinamos o decreto. O tempo (de 10 anos, no total, para a implantação da TV digital) é suficiente. O processo digital veio para ficar, já está definido nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, e estamos definindo no Brasil e na América do Sul. Vamos levar nosso projeto para a Argentina e o Chile e estamos trabalhando com o Peru e com a Venezuela.

Costa reforçou que a TV digital chegará a toda a população brasileira no prazo, até porque a previsão é de que em 2016 o sistema analógico seja desligado, como deve ocorrer nos Estados Unidos no ano que vem e na Europa em 2010.

— Se não fizermos o mesmo, vamos ficar atrasados. Estamos em plena convergência mundial — afirmou.

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