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 | 04/12/2008 15h17min

BC liberou R$ 94 bilhões de depósitos compulsórios desde setembro

Concessão de crédito subiu 4,7% nos primeiros 16 dias úteis de novembro

O Banco Central já liberou R$ 94 bilhões de depósitos compulsórios, depois do agravamento da crise financeira internacional, no final de setembro. Segundo o presidente da instituição, Henrique Meirelles, o banco contava com R$ 250 bilhões em depósitos compulsórios e a liberação normalizou gradativamente a queda de liquidez (falta de dinheiro disponível nos bancos), restando problemas pontuais.

Meirelles afirmou que os dados de novembro já indicam melhora nas novas concessões de crédito. Na comparação dos primeiros 16 dias úteis de novembro com o mesmo período de outubro, a concessão de crédito subiu 4,7%. Para as famílias, o aumento foi de 10,9% e para as empresas, de 1,7%.

— Isso significa que há uma recuperação gradual do crédito. Não chegamos no pico de setembro, mas já recuperamos o patamar de alguns meses anteriores— disse Meirelles, que fez palestra no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal.

Durante o evento, Meirelles destacou que está provado que o Brasil está melhor preparado para enfrentar a crise e isso é resultado de medidas de prudência adotadas pelo governo. O presidente do BC lembrou que, no passado, ele e outras pessoas costumavam dizer que quando os EUA pegavam uma gripe, o Brasil contraía uma pneumonia ou até uma tuberculose. Hoje, ao contrário, disse Meirelles, os EUA estão com uma gripe muito forte ou até uma pneumonia e o Brasil está com uma gripe. Segundo ele, isso não significa que o Brasil não tenha problemas, mas a nossa situação é melhor hoje do que a de muitos países.

Meirelles também revelou dados dos leilões de venda de dólares, a partir de setembro. Nos leilões de venda com compromisso de recompra foram vendidos US$ 6,4 bilhões; nos empréstimos aos bancos para financiamento de exportações, foram US$ 5,3 bilhões. A venda por swap cambial chega a US$ 31,1 bilhões, enquanto a vendo no mercado à vista somou 6,7 bilhões.

Em função da crise, o Brasil terá uma desaceleração em 2009, segundo o presidente do BC, mas classificou de "conservadora" a previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de crescimento de 3% para o país em 2009:

— O Brasil hoje tem condições de ter um desempenho na crise melhor do que a média mundial — afirmou referindo-se à projeção de cerca de 2% de crescimento para o mundo em 2009 feita pelo FMI.

Segundo o presidente do BC, essa melhor condição da economia brasileira deve ser vista como uma fonte de confiança para os agentes econômicos.

Entenda a crise:

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