A General Motors apresentou o plano de viabilidade pedido pelas lideranças do Congresso dos EUA como condição para estudar a concessão de créditos do governo federal americano. Segundo um comunicado divulgado pela GM, a empresa "está pedindo empréstimos a prazo de até US$ 12 bilhões para prover níveis adequados de liquidez até 31 de dezembro de 2009".

A GM prevê um saque inicial de US$ 4 bilhões em dezembro de 2008. Além dos empréstimos-ponte, a companhia está pedindo uma linha de crédito de US$ 6 bilhões para prover liquidez, caso a debilidade severa do mercado persista. A intenção da GM é começar a pagar os empréstimos em 2011.

A montadora acrescenta que "quaisquer saques estariam condicionados ao cumprimento de metas específicas de reestruturação contidas no plano. Para acelerar essas ações e proteger os contribuintes, a GM também está buscando a criação de um comitê federal de supervisão, para supervisionar os créditos e o plano de reestruturação".

O plano prevê mudanças em seu mix de produtos ao longo dos próximos quatro anos, com o lançamento "predominantemente de carros e crossovers (utilitários esportivos montados sobre chassis de carros de passeio, e não de caminhões), com baixo consumo e eficientes do ponto de vista da energia", o lançamento do híbrido combustível/elétrico Volt em 2010 ("até 2012, mais de metade dos veículos da FM serão flex e a companhia vai oferecer 15 modelos híbridos") e a continuidade do programa de desenvolvimento da tecnologia de célula de combustível (a hidrogênio). O investimento previsto para essas tecnologias seria de US$ 2,9 bilhões até 2012.

Segundo a GM, o plano também "exige sacrifícios compartilhados, inclusive uma nova redução no número de executivos e da compensação total a ser paga à liderança sênior. Por exemplo, o chairman e CEO vai reduzir seu salário para US$ 1 por ano. O plano também requer mais mudanças nos atuais contratos de trabalho, inclusive provisões para segurança no emprego, férias pagas e obrigações de saúde pós-aposentadoria. Os pagamentos de dividendos sobre as ações ordinárias permanecerão suspensos durante o prazo dos empréstimos".

O plano da GM, assim como os apresentados por suas concorrentes, será debatido amanhã em audiência do Comitê de Bancos do Senado e na sexta-feira em audiência do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara.

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