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 | 02/12/2008 21h44min

Lula pede vigor e ousadia para enfrentar crise

Presidente participou nesta terça do IX Fórum dos Governadores do Nordeste

A hora é de trabalhar com todo vigor e ousadia. A recomendação foi feita nesta terça-feira, em discurso na abertura do IX Fórum dos Governadores do Nordeste, no Recife, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que pregou "o máximo de economia em custeio e o máximo de gastos em investimentos com obras públicas" como forma de induzir a economia e reduzir efeitos da crise.

Nesse contexto, Lula afirmou que não haverá diminuição das obras da Petrobras "em nem um dólar". A implantação das refinarias de petróleo do Ceará, Maranhão e Pernambuco será mantida.

— Vamos continuar fazendo contratos.

O presidente observou que poucos países se encontram na situação fiscal do Brasil, daí a necessidade de que o dinheiro disponibilizado não deixe de ser aplicado. Neste momento, segundo Lula, as prefeituras e os governos estaduais e federal podem ser os indutores.

— Vai depender muito da nossa capacidade e ousadia — reiterou, ao destacar que o crédito será regularizado o mais rápido possível e ao falar da importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

— Precisamos desvendar e tocar obras o mais rápido possível. Temos que fazer operação pente-fino, ver os obstáculos que possam emperrar a implantação das obras. É hora de trabalhar com todo vigor e ousadia para que dinheiro disponibilizado não deixe de ser aplicado —reforçou.

Para Lula, o debate sobre a crise com a população é um desafio, diante da forma como a sociedade está recebendo a informação sobre o assunto, levando-a a temer e a não consumir.

— O trabalhador comum que está pensando em comprar um carro e não tem medo de perder o emprego porque é concursado, mesmo assim não compra, na medida em que ouve falar tanto em crise e em desemprego. Mesmo com nível de emprego crescendo.

Segundo Lula, esse trabalhador não sabe que se perde o emprego porque não se compra. O desafio, segundo o presidente, é como fazer esse debate com a sociedade. Antes do presidente, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez uma explanação sobre a situação da economia e das finanças do país e as medidas adotadas pelo governo para enfrentar a crise.

Ela também defendeu investimentos públicos, observou que gasto nocivo de custeio não significa cortar o Bolsa Família ou investimento na área de educação ou saúde e defendeu ações de uma política econômica anticíclica, que definiu como "manutenção e garantia de emprego". O pré-sal, o PAC e os programas sociais, segundo Dilma, são anticíclicos e devem ter mantidos os seus investimentos.

O IX Fórum dos Governadores do Nordeste teve a participação dos nove governadores nordestinos, mais os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, e dez ministros de Estado.

Entenda a crise:

EFE
 
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