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 | 18/11/2008 19h05min

Casa Branca defende acordo com Congresso sobre ajuda a automobilísticas

Governo coincide com os democratas em que GM, Ford e Chrysler precisam de ajuda

A Casa Branca espera conseguir um acordo com o Congresso americano esta semana para liberar as negociações sobre a forma de resgatar a indústria automotiva, apesar da insistência democrata em aprovar um novo plano de empréstimos para o setor, afirmou nesta terça a porta-voz Dana Perino. Ela lembrou que o Congresso já aprovou em setembro um plano de US$ 25 bilhões, dirigido pelo Departamento de Energia americano (DOE).

— Certamente que continuamos esperançosos em encontrar uma solução bipartidária. Achamos que já temos uma solução bipartidária onde o dinheiro já foi aprovado para ajudar as fabricantes de automóveis através do programa do DOE — destacou.

A porta-voz assegurou que a Casa Branca continuará as negociações com os líderes do Congresso para ver se podem "forjar um acordo" esta mesma semana. O governo americano coincide com os democratas em que a General Motors (GM), Ford e Chrysler precisam de sua ajuda para evitar a falência, mas diferem amplamente em torno da fonte desse auxílio.

Os democratas estão impulsionando um novo plano de empréstimos de até US$ 25 bilhões, cujo valor proviria do plano de resgate financeiro de Wall Street de US$ 700 bilhões que o Congresso aprovou em outubro. No entanto, o presidente George W. Bush, assim como muitos republicanos no Legislativo, rejeita a idéia de ajudar empresas alheias ao setor financeiro como parte do pacote de ajuda a Wall Street.

Segundo Perino, o chamado "programa de empréstimos 136" do DOE poderia ser alterado de forma que permita agilizar a entrega de fundos às companhias que "possam demonstrar viabilidade". Essa solução seria "muito lógica e muito razoável", mas talvez seja tão simples "que as pessoas verdadeiramente não possam fazer idéia", afirmou.

— Simplesmente não achamos que devemos fornecer os US$ 25 bilhões que já estão sobre a mesa e outros US$ 25 bilhões, a menos que as companhias possam nos demonstrar que têm um plano a longo prazo para sua viabilidade — ressaltou a porta-voz.

As duas Câmaras do Congresso realizam nesta terça audiências para examinar a crise econômica e como solucioná-la. Além disso, os principais executivos do setor do automóvel e o líder de seu sindicato de trabalhadores irão esta tarde ao Comitê dos Bancos do Senado para expor sua precária situação e pressionar o Congresso a estender a mão.

O líder da maioria democrata da Câmara Alta, Harry Reid, disse que, apesar da oposição republicana, tentará submeter à votação amanhã uma extensão dos benefícios de desemprego e ajudas para a indústria automotiva.

Entenda a crise:

EFE
 
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