A conta dos gaúchos nos supermercados com as festas de Natal e Ano-Novo deve aumentar 11% neste ano se comparado ao consumo de 2007, de acordo com a expectativa dos empresários do setor de supermercados no Estado.

Em média, os consumidores pretendem gastar com a ceia de Natal cerca de R$ 230. A nota do caixa mais reforçada este ano fica por conta do aumento da renda, dos lançamentos e de preços mais salgados na lista dos importados.

Com a alta do dólar, os produtos vindos do Exterior devem ir para as prateleiras 1,5% mais caros. Os consumidores, porém, tendem a substituir alguns itens para reduzir a conta final. A tendência, de acordo com Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), é de haver uma parcela de troca de alguns produtos mais caros pelos similares nacionais.

— O consumo de frango comum terá um crescimento considerável e um preço inferior ao peru e ao chester, por exemplo, cujos preços aumentaram em 20% em comparação a 2007 — exemplifica Longo.

As frutas secas, complementos de muitos pratos tradicionais das festas de final de ano, sairão 30% mais caras. São produtos que não puderam ser estocados antes da crise. Portanto, chegarão aos consumidores com valores reajustados. Para o panetone, a projeção é de um crescimento de 10% nas vendas. Levando-se em consideração o fato de o Rio Grande do Sul consumir 18% do panetone fabricado no país, a oferta de novos produtos foi antecipada em outubro.

No levantamento da entidade chama atenção, também, o indicativo de que 90% dos gaúchos optarão pelos espumantes nacionais. No Brasil, o consumo normalmente é de 70% de produção nacional e 30% de importados. E como os negócios de compra da bebida foram fechados antes do início da turbulência e da alta do dólar, a venda deve ser 22% maior – estimulada por preços ainda competitivos.

NAS GÔNDOLAS

— Em média, 34,3% dos gastos totais dos entrevistados com as festas de final de ano vão ficar nos caixas dos supermercados.

— 52,4% dos proprietários de supermercados pretendem fazer uma promoção neste período para estimular as vendas.

— Foram ouvidas 21 redes de supermercados do Estado, associadas da Agas, no período de 27 a 30 de outubro.

— Entre os entrevistados, 61,9% pretendem ampliar as lojas em 2009.


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