Brasileiros que vivem nos Estados Unidos esperam que o próximo presidente americano promova mudanças no país, principalmente na área econômica. Porém, divergem sobre qual é o candidato ideal para promover essa transformação.

A Agência Brasil ouviu nesta terça-feira um emigrante e um estudante nascidos no Brasil e que vivem legalmente nos EUA. Ambos disseram que o novo presidente terá de fazer um grande esforço para salvar a economia americana de uma possível recessão.

O emigrante, no entanto, aposta que o republicano John McCain é o mais preparado para isso. Já o estudante acredita no democrata Barack Obama.

— McCain é o candidato mais experiente e o mais forte politicamente — afirmou empresário João Luiz Carvalho, 47 anos, 26 deles vividos em Miami, na Flórida.

Dono de um restaurante, um supermercado e de parte de uma imobiliária, Carvalho disse que está sentido na pele os efeitos da crise financeira global.

Hoje, cidadão americano e também eleitor, ele afirmou que já registrou seu voto: McCain.

Já Eduardo Queiroz, 37 anos, não vota nos EUA. Mestrando em administração pública da Harvard Kennedy School, em Boston, no Estado de Massachusetts, ele somente acompanha atentamente as eleições.

Para ele, Obama é a melhor opção para os americanos, brasileiros e para todo o mundo.

— O Bush (George W. Bush, atual presidente) errou muito, principalmente na política externa — afirmou ele, destacando a questão da Guerra do Iraque.

— O Obama é um candidato mais 'pessoa de verdade'. Acho que as relações, inclusive com o Brasil , tendem a melhorar — completou.

— Os republicanos sempre foram melhores para o Brasil — rebateu Carvalho.

— McCain também é o candidato com a melhor política militar. Os EUA são o país mais visado do mundo — acrescentou.

Os dois também divergem sobre o melhor candidato para os imigrantes. Apesar de ambos afirmarem que nenhum dos dois concorrentes ter uma proposta concreta sobre o assunto, Carvalho diz o governo de McCain tem mais chances de flexibilizar atuais regras. Já Queiroz acredita que a mudança só será possível caso Obama seja eleito.


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