| 29/10/2008 14h55min
O presidente do Conselho da Conferência Mundial Contra a Corrupção (IACC), Barry O'Keefe, afirmou nesta quarta-feira em Atenas que acredita que uma das principais razões da atual crise financeira mundial é a corrupção e a "falta de moralidade e de ética".
O'Keefe afirmou que todas as partes envolvidas no problema "sabiam (da crise) e era uma bomba-relógio, que afeta a todos e na qual a corrupção contribuiu em grande parte". Ele acrescentou que "houve sinais de aviso (da crise), mas a avareza prevaleceu".
As declarações foram feitas em entrevista coletiva para a apresentação da 13ª Conferência Mundial Contra a Corrupção, que começa na quinta-feira em Atenas e que reunirá cerca de 1,3 mil especialistas no assunto até domingo.
Durante a conferência, organizada pela Transparência Internacional e supervisionada pelo governo grego, especialistas na questão de 130 países tentarão "identificarão as causas e os mecanismos da corrupção e buscarão soluções
práticas, como a aplicação de leis e
as ajudas a países em desenvolvimento", ressaltou O'Keefe.
Constantinos Bacouris, presidente da Transparência Internacional grega, afirmou que "se trata de uma das conferências mais importantes do mundo" na qual será abordada este ano a corrupção relacionada com a paz e segurança, a mudança climática, energias renováveis e a globalização sustentável.
— A corrupção está dentro do núcleo dos desafios da humanidade e, por isso, é preciso combatê-la — afirmou Bacouris, que reconheceu que a Grécia tem um dos índices mais altos de corrupção.
Entenda a crise
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