A Inflação medida em São Paulo apresentou, pela segunda vez consecutiva, uma desaceleração, tendência que deverá se acentuar em março com uma contínua queda de preços administrados. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) informou nesta quarta, dia 26, que a variação de preços ao consumidor apresentou uma redução, não passando dos 1,83% na segunda quadrissemana de fevereiro. No período anterior, o indicador apurado pela Fipe chegou a 2,13%.

Ainda assim, o resultado divulgado neste dia 26 se mostra como a maior taxa para a terceira quadrissemana de fevereiro do Plano Real. Entretanto, as expectativas de analistas de mercado de queda foram confirmadas.

O grupo Transportes teve uma forte alta de preços de 6,01% no período, mas caiu em relação ao avanço de 7,81% da segunda quadrissemana. Economistas acreditam que passado esse efeito, decorrente sobretudo do aumento das tarifas de transporte público, a inflação começará a apresentar leituras sigificativamente menores.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, Heron do Carmo, acredita que o aumento do compulsório – para 60% – feito pelo Banco Central na última semana irá diminuir uma demanda já bastante reduzida, inibindo novos reajustes e ajudando a amenizar a variação de preços.A última previsão de Heron para o mês é de uma taxa "em torno de 1%".

Pressionados pelas fortes chuvas e por um clima mais quente, os preços de alguns alimentos, sobretudo os hortifrutícolas, continuaram a apresentar altas. O grupo teve na terceira quadrissemana uma elevação de preços de 1,75%, contra alta de 1,47% no período anterior.

Educação registrou desaceleração das altas anteriores, mas ainda mostrou uma elevação nos preços de 2,57%. A inflação da terceira quadrissemana corresponde ao período de 24 de janeiro a 21 de fevereiro, comparado com as quatro semanas imediatamente anteriores.

As informações são da agência Reuters.