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 | 24/10/2008 22h03min

ONU pede "medidas drásticas" para evitar a extensão internacional da crise

"O perigo que enfrentamos é uma cascata de crise financeiras", disse Ban

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta sexta que sejam tomadas "medidas drásticas" para evitar que a crise financeira global se estenda às fracas economias dos países em desenvolvimento.

— O perigo que enfrentamos é uma cascata de crise financeiras e isso requer de medidas drásticas — assegurou Ban em reunião a portas fechadas com os máximos responsáveis das diversas agências especializadas da ONU.

O secretário-geral assegurou que a era de auto-regulações dos mercados financeiros e as entidades bancárias tinha terminado, segundo uma cópia de suas palavras entregue à imprensa.

— O FMI (Fundo Monetário Internacional) e os bancos centrais do mundo poderiam ter disponíveis linhas de crédito para que os bancos no mundo em desenvolvimento também tenham fundos aos quais acudir em caso de emergência — disse.

Ban recalcou que esta crise financeira de escala mundial se combina com a crise alimentícia, a energética e a de desenvolvimento sofrida pela África. O secretário-geral se mostrou preocupado com a possibilidade de que a provável recessão que esta crise financeira possa "desfazer o bom trabalho da ONU" em matéria de desenvolvimento.

O temor de que uma próxima recessão mundial afete particularmente os mais pobres dominou a agenda de Ban nos últimos dias. Na quinta-feira celebrou uma reunião de hora e média com um grupo de analistas, entre os quais se encontrava o Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, para analisar que tipo de resposta global se precisa para enfrentar esta crise.

Além disso, Ban foi convidado à cúpula do G20 do dia 15 de novembro convocada esta semana pela Casa Branca para coordenar os esforços internacionais para devolver a estabilidade aos mercados financeiros. Em entrevista coletiva após a reunião de hoje, o secretário-geral destacou que a prioridade das Nações Unidas neste contexto é evitar "que os menos responsáveis desta crise sejam os que mais a sofram".

Ele assegurou que todas as agências, entidades e programas filiados à ONU acertaram formar uma frente unida e promover uma mesma mensagem para a superação da crise e a reconstrução do sistema financeiro internacional.

Entenda a crise:

EFE
 
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