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 | 22/10/2008 18h34min

Banco do Brasil descarta compra de bancos além dos três já em negociação

Garantia foi dada pelo vice-presidente de Finanças, Aldo Luiz Mendes

O Banco do Brasil (BB) não visa, no momento, à compra de nenhum banco, além dos que estão em negociação: Banco do Estado do Piauí (em processo de incorporação), Nossa Caixa, de São Paulo, e Banco Regional de Brasília (BRB), com negociações em curso. A garantia foi dada nesta quarta-feira pelo vice-presidente de Finanças do BB, Aldo Luiz Mendes, ao explicar os efeitos da Medida Provisória 443.

A MP permite ao BB e à Caixa Econômica Federal participar da compra direta ou fusões e incorporações de bancos, em igualdade de condições com bancos comerciais. A edição da medida gerou especulações de que os bancos públicos estariam prestes a adquirir instituições bancárias, como forma de "arrumar" o Sistema Financeiro Nacional (SFN) para enfrentar melhor a crise financeira mundial. Aldo Mendes disse, entretanto, que "essa é uma leitura  imediatista da medida provisória".

Segundo Mendes, a MP se insere mais numa visão de potencialidade. Ele disse que "a medida apenas se antecipa a um movimento que pode vir a acontecer", como ocorreu nos Estados Unidos e na Europa, com incorporações e compras de bancos e seguradoras.

Cauteloso, falando sempre no condicional, Aldo Mendes ressaltou que, "em momentos de liquidez concentrada, quem tem dinheiro dá as cartas do jogo". Ele lembrou que o BB pode dispor de pelo menos R$ 5 bilhões da liberação do compulsório bancário, e "seria ruim ficar de fora do processo, por uma questão legal".

O vice-presidente de Finanças do BB disse que, diferentemente das crises anteriores, nascidas em países emergentes, o problema agora vem do centro do sistema financeiro.

— O fato de não estarmos no olho do furacão nos dá a vantagem de poder tomar algumas medidas de precaução, e nos anteciparmos aos acontecimentos — afirmou.

Mendes disse que esse foi o caso em que o Banco Central atuou para liberar parte do compulsório bancário (recolhimento que os bancos são obrigados a fazer de parte dos depósitos para que o governo tenha melhor controle sobre o dinheiro em circulação). Citou também a agilidade com que o BC atuou na realização de leilões de dólares para atender as exportações, além da permissão do Conselho Monetário Nacional (CMN) para operações de redesconto bancário.

Entenda a crise

AGÊNCIA BRASIL
 
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